Pilotos agrícolas, empresários, mecânicos, gestores de segurança, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e outros profissionais ligados ao setor têm encontro marcado na próxima semana. Tudo por conta da I Academia Brasileira de Tecnologia de Aplicação Aérea, que vai ocorrer de segunda a quinta-feira (26 a 29 de outubro). O evento reunirá 12 dos maiores especialistas do setor no País em quatro noites de palestras ao vivo via web. Com o tema Boas práticas como forma de desenvolvimento do setor, o evento é promovido pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola (Ibravag), dentro do projeto Aviação Agrícola 2022, que tem patrocínio da Syngenta.
As transmissões online ocorrerão das 19 às 22 horas e o conteúdo ficará disponível para os participantes. As palestras abordarão diversos aspectos para a eficiência e segurança das aplicações aéreas, desde a escolha da ponta de pulverização até a ciência das gotas, fatores que determinam a cobertura e os tipos de defensivos. Passando ainda pela gestão sustentável da pulverização aérea, segurança ambiental e a aviação agrícola dentro do Pacto Global da ONU. A grade de palestras contempla ainda uma noite com apresentações sobre tecnologias de drones, helicópteros e aviões.
Inscrições, valores e maiores informações no link:
https://sindag.org.br/academia-brasileira-de-tecnologia-de-aplicacao-aerea/
NOMES DE PESO
O evento terá nomes como o consultor José Carlos Christofoletti - ex-professor universitário e ex-chefe do Centro Nacional de Engenharia Agrícola (Cenea), do Ministério da Agricultura, e o doutor em Tecnologia de Aplicação Henrique Campos - consultor do Sindag e da empresa Sabri Sabedoria Agrícola. O time contará ainda o pesquisador Fernando Kassis, da AgroEfetiva e da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) em Botucatu/SP; o professor João Paulo Cunha, da Universidade Federal de Uberlândia e pós-doutor em Tecnologia de Aplicação e Produtos Fitossanitários, além do pesquisador da Embrapa Robson Barizon, da área de Dinâmica Ambiental dos Pesticidas e analista de risco ambiental.
A Academia de Tecnologia de Aplicação Aérea integra uma série de ações as entidades aeroagrícolas focadas na qualificação e melhoria contínua do setor. O que abrange iniciativas como as Academias de Líderes da Aviação Agrícola (que ocorre anualmente desse 2018 e já abrangeu 80 empresários e gestores) e de Segurança Aeroagrícola (que abrangeu 232 profissionais em duas turmas este ano). Também estão na lista o Seminário de Gestão Financeira Aeroagrícola, o congresso Web e o Programa de Mentoria para empresários do setor, entre outras ações.
MERCADO
O Brasil tem a segunda maior e uma das melhores aviações agrícolas do mundo, com cerca de 2,3 mil aeronaves atuando em lavouras (aplicação de defensivos, semeadura e adubação). E em combate a incêndios. Segundo dados do Sindag, 63% dessa frota é operada por empresas aeroagrícolas, que prestam serviços terceirizados para produtores. O restante pertence aos chamados operadores privados - produtores rurais e cooperativas que têm suas próprias aeronaves.
É a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação própria, exigindo, por exemplo, que quase todo seu quadro seja especializado. Isso além e contar com estrutura especial par descontaminação de equipamento e tratamento de resíduos, emissão de relatórios detalhados de cada operação e fiscalização por pelo menos cinco órgãos federais, dos Estados e até dos Municípios.
Isso, mas a tecnologia de ponta embarcada, fazem do setor uma das ferramentas mais eficientes e seguras atuando no campo.