A crescente propagação de notícias falsas nos últimos tempos fez com que a luta pelo combate à disseminação das Fake News, como são popularmente conhecidas, chegasse às salas de aula. O movimento visa colaborar no processo de conscientização para que crianças e adolescentes desenvolvam senso crítico em relação às informações que recebem diariamente, sobretudo no ambiente das redes sociais.
Diante desse cenário, o Colégio Sion Higienópolis, instituição referência em educação humanizada em São Paulo, desenvolveu um projeto específico para o tema, que entrou para a grade curricular de redação este ano. Nele, participam alunos do nono e segundo ano do ensino médio, sendo que esses aprendem sobre pós verdade, ética profissional, intenção por trás da Fake News e como saber identificá-la.
A partir dessas premissas, os alunos são estimulados a interpretar textos, identificar notícias falsas, debater as informações em sala de aula, desenvolver guias de orientação e a produzir textos jornalísticos para que possam analisar a linguagem e a estrutura exigidas para a produção de um conteúdo confiável. "Aproveitamos para mostrar o valor de um serviço elaborado de forma ética. Com isso, esses jovens vão se tornar ainda mais capazes de diferenciar o que é fake ou não, assim como entender com qual intenção aquele conteúdo foi criado", explica Dafne Di Sevo Rosa, professora de redação Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio.
A iniciativa surgiu a partir da relevância do assunto, principalmente com a facilidade do compartilhamento das informações pelas redes sociais. O objetivo do Sion com o projeto é formar cidadãos mais conscientes, desenvolver uma visão crítica e reflexiva sobre o que está por trás das Fake News. "O interesse e o conhecimento dos próprios alunos tornam esse assunto indispensável em sala de aula, por isso tomamos a iniciativa de ajudá-los e instrui-los", conta.
Segundo Dafne, com esse trabalho já é possível ver resultados a partir de uma mudança no comportamento dos alunos. "Eles passaram a tomar a inciativa de trocar informações entre si para identificar se uma notícia é verdadeira ou não. Isso é muito positivo", finaliza.