A cerca de um ano atrás, Patric Velinton Salomão deixou a Penitenciária Federal de Brasília pela porta da frente com uma missão dada pelo PCC: o criminoso, conhecido como Forjado, seria responsável por executar ataques contra autoridades, entre elas, o senador Sergio Moro (União Brasil -PR). E embora o grupo tenha sido desarticulado pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (22), o suspeito segue foragido e com a mesma missão. Caso não consiga executá-la, Forjado será cobrado pela facção.
De acordo com informações apuradas pelo portal UOL junto a fontes de segurança, Forjado aceitou colocar o plano em prática para cumprir uma dívida com o PCC. Se ele fosse capaz de executar o projeto, poderia se manter como um dos líderes da facção.
Antes de deixar a prisão em fevereiro de 2022, o até então detento mostrava posicionamento de liderança e andava com a alta cúpula. Ele ainda agia como uma espécie de “advogado” em meio aos presos da facção, questionando sobre assistências sociais, de saúde e jurídicas.
Forjado cumpria pena no mesmo presídio que Marcola por tráfico, roubo, homicídio, porte ilegal de armas, associação de drogas e formação de quadrilha. Condenado a 15 anos de reclusão, ele conseguiu reduzir a pena por ler livros e fazer cursos. Líder do segundo escalão, ele era subordinado apenas aos chefes máximos da facção.
ESTRUTURA DO PCC
Segundo agentes do Sistema Penitenciário Federal, integrantes do PCC podem chegar à posição de líderes rapidamente devido à capilaridade da facção. Isso faz com que o plano contra as autoridades possa ter continuidade.
Em caso de fracassos em suas operações, o PCC tende a cobrar seus integrantes. Foi o caso, por exemplo, de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, antigo responsável pelo plano de libertar o chefe da associação criminosa, Marcola.
O projeto não teve sucesso, e Marcola foi transferido para um presídio federal de Rondônia em 2022. Tuta, por sua vez