O agricultor paulista deve ampliar sua atenção este ano, em razão da estiagem. A previsão de que chuvas mais robustas venham somente a partir de outubro faz com que o plantio de parte das culturas tenha atraso.
"Assim que começar a chover com regularidade o pessoal vai entrar plantando. Com as chuvas, todos os fenômenos se normalizam. A própria correção da acidez do solo se acelera, assim como as adubações minerais se tornam viáveis, pois sem água não há circulação de nutrientes e a vida do solo também fica paralisada", reforça o engenheiro agrônomo Jairo Hanasiro, especialista em fertilidade de solo e nutrição de plantas.
A prática da calagem, que é a correção da acidez do solo, reforça a importância do calendário de estações. A primavera começou nesta terça-feira, 22 de setembro, em todo o Hemisfério Sul. No Brasil, a estação também marca o plantio da soja, milho, arroz e feijão, entre várias culturas.
Parte de áreas paulistas tem sido usada para essas culturas. São trechos que antes abrigavam cana e laranja, cuja instabilidade nos negócios afastou produtores. Esse ano, cotações no mercado internacional também são animadoras, como no caso da soja e do arroz.
Junto com a primavera, chega o fenômeno La Niña, cuja expectativa é de menor força e de passagem mais rápida. Técnicos apontam que outubro marcará o início da temporada de chuvas mais intensas no estado. Aí então, as áreas de sequeiro serão tomadas pelo plantio.
Quem usa a irrigação já está plantando, como algumas propriedades paulistas voltadas à soja.
O manejo e o perfil do solo ganham força justamente pelas oscilações no volume das chuvas, mesmo ao longo das estações. Daí a importância do acompanhamento técnico.
"Nossos associados ofertam aos clientes informações que são fundamentais na produtividade e na rentabilidade do negócio. O resultado precisa ser bom pra todo mundo", afirma João Bellato Júnior, presidente do Sindicato da Indústria de Calcário do Estado de São Paulo (Sindical).