Os médicos veterinários são profissionais extremamente importantes para o agronegócio brasileiro. Eles estão presentes em toda a cadeia produtiva e atuam especialmente na fiscalização agropecuária, garantindo a qualidade e segurança dos produtos, bem como seu valor para a exportação. Em 9 de setembro comemora-se o Dia do Médico Veterinário e grandes nomes do agro reconhecem a importância da profissão.
"Tenho o prazer de cumprimentar nesta data o médico veterinário brasileiro, em especial o Auditor Fiscal Federal Agropecuário (Affa)". A declaração é do ex-ministro da Agricultura e fundador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa), Alysson Paulinelli. "Depois da pandemia da covid-19, o consumidor mundial está cada vez mais exigente não só em relação à qualidade, mas também à sanidade dos produtos que vai consumir", continua.
Paulinelli cita a importância da rastreabilidade dos alimentos: saber quando e onde eles foram produzidos; quem realizou o processamento e a industrialização; quem armazenou; quem transportou e, ainda, quem vendeu para o consumidor final. Por estarem presentes em toda a cadeia, esse é um dos papeis fundamentais dos médicos veterinários.
Ainda nos pastos, os Affas veterinários monitoram a saúde dos rebanhos, inspecionam os materiais de multiplicação animal e atuam no registro de raças e genealogia. No momento do abate, esses servidores fazem a inspeção ante e post-mortem para garantir que as carnes cheguem seguras ao consumidor. Eles atuam ainda na auditoria e fiscalização dos mais de 5 mil estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal, o SIF.
"Quando ministro, eu percebi que o Brasil tinha muito o que evoluir no agronegócio, especialmente na área de proteína animal, e vi que precisava ter agentes que validassem a qualidade e sanidade dos nossos produtos", conta o também ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra. "Sem isso, a agropecuária ficaria muito voltada para o mercado interno. Por isso, encaminhei os motivos para a criação da carreira de fiscal agropecuário", continua.
Com a criação da carreira de Affa em 2000, os médicos veterinários - que já atuavam há mais tempo na fiscalização - foram incluídos entre as cinco formações dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários. Sua participação foi fundamental para o crescimento do agronegócio nas últimas décadas, principalmente em relação às exportações. A profissão se tornou ainda mais relevante no período de crise sanitária que o mundo atravessa neste ano.
"Na pandemia, a atuação dos veterinários foi essencial para permitir que a gente tivesse normalidade no mercado interno. Além disso, mantivemos e expandimos as exportações", diz Turra. "São Affas veterinários que validam os nossos produtos para o mundo. Temos que acompanhar e valorizar essa carreira, que tem atuado com dificuldades de quadros, falta de servidores, de concursos, e isso tem que ser avaliado no contexto das exportações", continua.
"O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuário (Anffa Sindical) parabeniza todos os médicos veterinários pelo seu dia, em especial aqueles que atuam no serviço público", afirma o presidente do sindicato, Maurício Porto. "Sabemos que esses profissionais são altamente qualificados e fazem uma grande diferença para a segurança alimentar e para a qualidade dos produtos brasileiros. Esperamos que cada vez mais médicos veterinários possam participar da fiscalização agropecuária", finaliza.
Sobre os Auditores Fiscais Federais Agropecuários
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) é a entidade representativa dos integrantes da carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário. Os profissionais são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem suas funções para garantir qualidade de vida, saúde e segurança alimentar para as famílias brasileiras. Atualmente existem 2,5 mil fiscais na ativa, que atuam nas áreas de auditoria e fiscalização, desde a fabricação de insumos, como vacinas, rações, sementes, fertilizantes, agrotóxicos etc., até o produto final, como sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas, produtos vegetais (arroz, feijão, óleos, azeites etc.), laticínios, ovos, mel e carnes. Os profissionais também estão nos campos, nas agroindústrias, nas instituições de pesquisa, nos laboratórios nacionais agropecuários, nos supermercados, nos portos, aeroportos e postos de fronteira, no acompanhamento dos programas agropecuários e nas negociações e relações internacionais do agronegócio. Do campo à mesa, dos pastos aos portos, do agronegócio para o Brasil e para o mundo.