A apicultura é uma atividade que consiste na exploração comercial das abelhas para produção de mel, pólen, geleia real e própolis. Depende de o produtor direcionar sua atividade para o que mais lhe convier ou atender a demanda do mercado. Um dos principais produtos da apicultura nacional é o mel.
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Atualmente os principais países exportadores de mel são a Argentina (detentora de 84,17% das exportações mundiais) e a China (26,59% da exportação mundial). Entretanto nos três últimos anos esses países tiveram grandes problemas de comercialização, o que gerou um aumento da demanda do mercado mundial e fez com que o Brasil tivesse um aumento no preço pago ao apicultor.
O aumento do valor monetário do mel fez com que diversos apicultores aumentassem sua produção e outros fora da atividade entrassem para a mesma. Porém, para uma boa produção das colmeias é necessária uma grande quantidade de flora capaz de fornecer néctar e pólen durante todo o ano para as abelhas. Em muitos casos é indicada a suplementação com diferentes alimentos (farelo de soja, farinha láctea, farelo de polpa de citrus...)
Os principais produtos da apicultura são:
-Geleia Real: esse alimento é produzido dentro da colmeia visando a alimentação dos embriões de abelha com até 3 dias de idade e para a alimentação de toda vida da abelha rainha (a única que se alimenta integralmente de geleia real). É um alimento altamente proteico e altamente valorizado no mercado para a alimentação humana (diz haver propriedades terapêuticas, mas ainda não há comprovação científica).
-Própolis: a própolis pode ser obtida mediante algumas técnicas de produção (por exemplo, colocar alguns "calços" na tampa da caixa da colmeia). É uma substância de aspecto pegajoso e sua cor depende da florada existente na região (geralmente varia de verde escuro a preto). Sua função natural na colmeia é de higienização (a própolis é bactericida), muita usada para fabricação dos mais diversos medicamentos. Há um grande interesse no Japão atualmente em exportar própolis verde brasileira.
-Mel: substância altamente energética, rico alimento consumido desde os tempos mais antigos. É rico também em aminoácidos e sua função na colmeia é de alimentação das abelhas. É utilizado nos mais diferentes pratos da alimentação humana. A necessidade atual é fortalecer o mercado interno, pois o consumo per capita de mel dos brasileiros é muito baixo, comparado, por exemplo, com o dos argentinos.
-Pólen: serve de reserva de alimento para as abelhas. É um alimento rico em proteína, mas não tão comumente utilizado para alimentação humana, apesar de toda sua riqueza nutricional.
O que faz um apicultor?
O apicultor é o profissional que atua na área de criação e tratamento de abelhas. Dessa forma, e comum que este mesmo profissional trabalhe com extração e confecção de produtos provenientes desse inseto, tais como o mel, o própolis, a geleia real, dentre outros.
O apicultor deve possuir, em seu local de trabalho, um local propício para que as abelhas se reproduzam e possam viver sem maiores problemas. Por esse motivo, é comum que muitos desses profissionais construam colmeias artificiais, com o objetivo de proteger melhor esses grupos.
Apesar de não precisar de formação oficial para exercer essa profissão, um apicultor deve entender a biologia das abelhas e suas funções, tal qual a sua importância para todo o meio ambiente.
Apicultura no Brasil
O mel está presente no dia a dia dos brasileiros como alimento ou remédio. Segundo o último levantamento feito pelo IBGE, em 2018, a produção anual é em média de 41.594 toneladas. O potencial para aumentar é grande. O país tem características de clima e flora favoráveis ao desenvolvimento da abelha africanizada. Há boas reservas florais (pasto apícola) e de floradas silvestres, que asseguram um mel de qualidade reconhecida no mercado internacional.
O Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional. São 37 mil apicultores que produzem 8,5 mil toneladas anuais, concentrando 22,6% do total de colmeias no país com 487 mil caixas. Exporta para 14 países como Estados Unidos. Canadá e China, tendo gerado em 2018 R$ 11,9 milhões.
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No outro extremo do país o Ceará já liderou o ranking nacional com seis mil toneladas, mas a seca e os baixos preços levaram à retração. Com investimento forte na profissionalização da agricultura familiar, o Estado busca recuperação em 2019. O governo investiu quase R$ 20 milhões no desenvolvimento de polos de produção na chamada "Rota do Mel".
A estimativa é que ocorra um salto produtivo de 22% no primeiro ano. O cálculo é simples: com a entrega de 29.156 colmeias e uma média de produção de 25 kg a cada 50 colmeias entregues, a atividade tende a ser impulsionada. O Ceará produz anualmente 1,77 mil toneladas de mel, ocupando a terceira posição.
Enquanto cada europeu consome 1,5 quilo per capta, entre os brasileiros o consumo não ultrapassa 100 gramas. Mais conhecido in natura, ele também é utilizado na indústria de cosméticos, com variedade de produtos, cremes, hidratantes e máscaras faciais, entre outros.
Os tipos mais conhecidos são de laranjeira, eucalipto e jataí mas já há inovações como o mel de marmeleiro e cajueiro. De acordo com a origem da flor o mel tem diferentes aplicações no organismo, desde enxaqueca, regulador intestinal, energético, para a pele, entre outros.