27/05/2020 às 18h29min - Atualizada em 27/05/2020 às 18h29min
Inteligência Artificial na segurança eletrônica
- 87 News
Able Comunicação
A tecnologia da Inteligência Artificial (IA) foi descoberta na década de 1950, no Projeto de Pesquisas de Verão em Inteligência Artificial de Dartmouth, no Dartmouth College, em Hanover, New Hampshire, EUA. Mas, ela só veio ganhar os holofotes com o surgimento do supercomputador Deep Blue, da IBM, primeira máquina capaz de vencer o então campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, numa partida em 1996.
Antes do aparecimento do supercomputador, as telas de cinema já propagavam a Inteligência Artificial. Quem não se lembra do clássico Blade Runner, de 1982, dirigido por Ridley Scott? Na obra, Deckard (Harrison Ford), um ex-caçador de androides (chamados de replicantes) que precisa voltar à ativa para encontrar robôs infiltrados em meio aos seres humanos após o motim, e tentam chegar ao seu criador para aumentar o seu período de vida. O filme revela a relação entre os homens e as máquinas, que adquirem comportamentos humanos capazes de enganar até os mais experientes caçadores.
Saímos dos filmes de ficção direto para o Século XXI. “A Inteligência Artificial já é uma realidade, claro que no Brasil ainda estamos no início, mas esse avanço tecnológico não tem volta. A inteligência artificial ou IA é a capacidade da máquina imitar algumas características humanas, como a percepção visual, reconhecimento de fala, tomada de decisão e tradução de idiomas”, diz Claudio Gaspari, CEO da Veolink.
Na segurança eletrônica, setor com um faturamento de R$ 7,17 bilhões no Brasil em 2019, as novas tecnologias já usam a Inteligência Artificial permitindo funcionalidades como leituras de placas, identificação de situações de perigo, cruzamento de dados em tempo real, reconhecimento facial e de características físicas.
“O uso de sistemas inteligentes é uma das principais apostas desse mercado que cresce todos os anos, mas sim muitos investimentos por parte das empresas do setor”, avalia Claudio Gaspari.
O grande alavancador desse crescimento contínuo do mercado de segurança eletrônica é a melhoria da relação de custo x benefício dos sistemas, que vem sistematicamente se tornando cada dia mais baratos, juntamente com o aumento exponencial de suas capacidades que permitem cada vez mais um uso mais racional da mão de obra na área de segurança. Essa mão de obra vem sendo sistematicamente reduzida, quando grande parte de suas atividades rotineiras são absorvidas por sistemas baseados em inteligência artificial.
Cada vez mais se investe na interação de tecnologias, aumentando as possibilidades de sua aplicação na área de segurança. As “learning machines”- máquinas que aprendem o comportamento das pessoas, cruzamentos de informação (big data) e a Inteligência Artificial são só alguns dos recursos que podem ser usados em conjunto para aprimorar as soluções em segurança.