A Polícia Civil segue investigando o homicídio do cabo da Polícia Militar (PM) de Criciúma, João Batista Figueira Ribeiro, de 41 anos. Logo após o fato, tentando desenhar a ação do responsável pelos disparos de arma de fogo, a PM chegou a divulgar a informação de que estaria analisando o suposto envolvimento de uma segunda pessoa no crime. Mas a possibilidade já foi descartada pelo delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Divisão de Investigação Criminal (DHPP/DIC) de Criciúma, André Milanese.
A especulação veio minutos depois da ocorrência. “Os policiais podem ter sido pegos de surpresa. Enquanto eles algemavam o homem com mandado de prisão, uma outra pessoa escondida na casa pode ter atirado pelas costas”, supôs, ainda no dia do crime, o comandante de 6ª Região de Polícia Militar (6ª RPM), coronel Cosme Manique Barreto.
A presunção foi descaracterizada após o segundo policial atingido pelos disparos ser ouvido pela Polícia Civil no hospital. “Nossa equipe colheu o depoimento dele, mas ainda não recebi detalhes. A princípio, as informações que tivemos sobre o relato do policial militar que está no hospital é de que seria apenas um homem mesmo. Não teria tinha tido uma segunda pessoa. Informalmente, ele estaria armado, reagido à prisão e conseguiu atirar nos policiais”, disse Milanese.
Para as equipes de investigação está claro que Fabiano Dozol, de 29 anos, teria sido o único responsável pelo crime. “A autoria está esclarecida, foi o rapaz que foi morto. Falta só aguardar os laudos periciais para finalizar o inquérito. Tem os exames cadavéricos, também foi apreendido uma arma, então vamos pedir a comparação balística com os projéteis encontrados na casa. Vamos comparar se realmente foi utilizada a arma encontrada nos fundos da residência vizinha durante a fuga do rapaz”, acrescentou
Estado de saúde do policial hospitalizado
O soldado que também foi atingido na ocorrência ainda está hospitalizado após passar por cirurgia, mas se recupera bem. Ele recebeu dois disparos. Ambos acertaram a região da cabeça do militar.
“Um acertou de raspão a região entre o nariz e a bochecha do lado do rosto. O outro tiro entrou atrás da orelha e ficou alojada no pescoço. Não chegou a atingir a coluna, mas ficou bem próximo. Existia uma chance de ele ficar tetraplégico, porém os exames demonstram que não deve acontecer. Ele está próximo de receber a alta médica”, detalhou Barreto.