A Divisão de Investigação Criminal de Araranguá concluiu na terça-feira, dia 19, o inquérito policial referente à morte de Aleks Lorival de Souza, desaparecido em março de 2017, em Rio dos Anjos, interior de Araranguá. Na época, a mãe registrou o desaparecimento do filho, que tinha 33 anos, iniciando a DIC, a investigação.
De acordo com o delegado Lucas Fernandes da Rosa, coordenador da DIC, o caso que começou sendo investigado como desaparecimento, acabou concluído como homicídio. “As investigações apontaram que o Aleks foi vítima de homicídio e seu corpo foi ocultado pelo autor, indiciado pela prática do crime”, comentou o delegado.
Segundo o Inquérito Policial, no dia 17 de março de 2017, Aleks saiu de sua casa com outro rapaz levando apenas um celular e seu carro, dizendo à companheira que iria para Criciúma e depois visitaria seus filhos, frutos de um casamento anterior, em Balneário Arroio do Silva. Depois disso ele não fez mais contato com a família. “Conversamos com os familiares, que nos disseram que ele nunca tinha sumido desta forma. Ele não levou nenhuma peça de roupa, nada que indicasse que ele ia para algum outro lugar”, ponderou o coordenador da DIC.
O rapaz de 30 anos, que estava com Aleks na última vez em que ele foi visto, relatou à família que o agricultor tinha ido viajar para o Paraguai, mas não retornou. Os familiares não acreditaram na história.
Durante os trabalhos de investigação, a DIC descobriu que este rapaz teria ficado com o carro e o celular de Aleks depois de assassiná-lo. O principal suspeito não foi encontrado, mas as buscas continuam.
Conforme a investigação, a morte de Aleks teria sido por causa de um boato de que a vítima teria falado mal de um participante de uma facção criminosa. Após ordem desta facção, o autor do crime, a quem Aleks teria difamado, planejou e executou o homicídio.
Ainda segundo o delegado Lucas, a equipe da DIC descobriu um outro envolvido no crime, um jovem de 20 anos que teria emprestado a arma que causou o homicídio de Aleks. O rapaz foi ouvido e negou qualquer participação, mas os elementos colhidos confirmam que essa atuação existiu.
Os dois envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver.
Corpo nunca foi encontrado
O corpo de Aleks nunca foi encontrado, mas segundo o delegado Lucas, há informações de que ele teria sido deixado dentro de uma grota no Morro da Bananeira, em Criciúma. “Seria um local de difícil acesso. Buscas foram feitas no local, mas infelizmente, o local é grande, sem precisão, e pelo lapso de tempo, é provável que só tenham restado ossos, o que aumenta a dificuldade de localização”, finalizou o delegado.
Aleks morava em Rio dos Anjos em um sítio com a esposa, onde trabalhava como agricultor. Em uma casa, no mesmo terreno moravam os pais da vítima.