.png)
Dados mostram que a maioria dos suicidas fala sobre suas intenções com alguém, ou teria falado caso tivessem sido questionados. Por isso, dar à pessoa oportunidade de falar sobre o que sente pode proporcionar alívio e permitir que peça ajuda. Qualquer pessoa em sofrimento intenso e insuportável corre risco, mesmo que não sofra de doença mental. O tratamento do sofrimento psíquico é de fundamental importância na busca da saúde mental do indivíduo e também na prevenção ao suicídio. Em Urussanga, duas terapias ganham destaque nesse acompanhamento: a Psicoterapia e a Musicoterapia.
Fornecidas de maneira gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS), a psicoterapia e a musicoterapia se complementam nas sessões. "Estamos falando de casos de sofrimento psíquico intenso, mas é importante destacar que as terapias são aliadas em diversas fases da vida, auxiliando as pessoas com suas dificuldades emocionais, comportamentais e interpessoais. É preciso quebrar o mito de que quem procura essa ajuda, está passando por momentos ruins, mas é importante também, conscientizar sobre o quanto essas terapias fazem a diferença para quem não está bem", explica a psicóloga, Thaise de Oliveira.
A psicoterapia é um dos ramos da Psicologia. Realizada pelo psicólogo, ela pode ocorrer de maneira individual ou em grupo. Já a musicoterapia se caracteriza pela junção de várias áreas do conhecimento, que se encontram e colaboram para a construção teórica e prática do método. Pode unir a música, a terapia, a psicologia, a sociologia, a biologia, entre outras.
"Estudos mostram que a musicoterapia pode criar um estado de relaxamento, reduzir o estresse, aumentar a motivação, melhorar o humor e promover o autocuidado. Por isso, é uma grande aliada nos tratamentos mentais e emocionais. Através do acompanhamento dos profissionais há a avaliação de risco, o suporte emocional, o tratamento de transtornos mentais, o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, além da construção de resiliência", destaca o musicoterapeuta, Felipe Speck Mazzucco.
Segundo os profissionais, é preciso sempre estar alerta aos sinais de risco e incentivar a busca por auxílio é importante. “Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais de alerta, é importante buscar ajuda profissional imediatamente. Lembre-se de que a prevenção ao suicídio é uma questão séria e que obter ajuda o mais cedo possível pode salvar vidas", ressalta a psicóloga.
As terapias podem ser solicitadas nas Unidades Básicas de Saúde de Urussanga, através de encaminhamento médico e são inteiramente gratuitas.
Na última semana, uma panfletagem de conscientização à prevenção de suicídios e ao Setembro Amarelo, foi realizada na Praça Anita Garibaldi. O objetivo era alertar sobre o tema, e orientar a população na busca pela ajuda e no debate sobre o tema.
Um dos principais canais no Brasil, na luta contra o suicídio, é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. O número para contato é o 188, e o site para mais informações é o cvv.org.br. Neste primeiro semestre de 2023, os voluntários do CVV atenderam mais de 1 milhão de ligações, uma média de 7.500 por dia.
Em Urussanga, todas as Unidades de Saúde estão preparadas para receber as pessoas que precisam de auxílio, bem como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I). "Nossos profissionais estão capacitados para atenderem e prestarem as orientações necessárias. A ajuda está disponível. Falar é o melhor remédio", destaca a Secretária Municipal de Saúde, Ingrid Zanellato. O número de contato do CAPS para maiores informações é o (48) 3465-4282.
Em caso de tentativas de suicídio ou risco iminente, orienta-se buscar o pronto socorro do hospital mais próximo para intervenções.
11090.png)