Na manhã desta quarta-feira (02), a Escola Básica Municipal Nova Divinéia, localizada no bairro Divinéia, em Araranguá, foi invadida por cinco adolescentes – três armados com facas – que tentaram agredir um aluno do 8º ano. A ação causou pânico aos funcionários, alunos e pais, que chegavam para deixar os filhos na escola.
A vítima, de 15 anos, chegou na escola na companhia de um colega, por volta das 07h40min. O adolescente foi avisado de que seria agredido, procurou por uma funcionária e avisou sobre o caso.
A funcionária arriscou a própria vida para impedir a agressão, puxando um dos agressores. “Eu só via a faca passando perto das nossas cabeças. Consegui colocar os dois alunos dentro da sala e fechar a porta, quando ouvi os chutes na porta e as batidas das facas”, relembrou aos prantos a mulher que preferiu não ser identificada.
Os agressores fugiram, deixando para trás duas facas. A Polícia Militar foi acionada e esteve na escola realizando os procedimentos cabíveis. O Conselho Tutelar também foi acionado, mas não compareceu no local.
No portão da escola, pais apavorados com a situação. “Aqui sempre tem a presença da PM através da Ronda Escolar, mas isso não impede as inúmeras brigas que acontecem na entrada ou saída da aula. Acho que tem que ficar alguém revistando os alunos na entrada”, comentou um pai.
Um dos agressores armados é aluno do período vespertino, sendo ele identificado e detido pela PM em via pública. O jovem de 15 anos, estudante do 6º ano, foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele afirmou ter ido na escola armado, pois seu desafeto teria colocado a cabeça do seu parente de 07 anos no vaso sanitário.
A vítima nega a acusação, contando que apenas brincou com a criança e a colocou nos ombros para que ela parasse de importunar.
A secretaria municipal de educação, tomará as medidas cabíveis. Segundo o Coordenador Administrativo do Conselho Tutelar de Araranguá, Emerson Rocha, não é atribuição do órgão comparecer ao local de cometimento de um crime. Os envolvidos devem ser conduzidos à delegacia pela autoridade policial e os pais comunicados. “Não é necessária nossa presença no local, embora temos que ser informados para agirmos junto às famílias e envolvidos. Em se tratando de caso de segurança pública, cabe à Polícia Militar – que atendeu a ocorrência – e colégio nos informar de ofício, dando conta dessa situação, para que comecemos nosso trabalho”, frisou.