Aprovado no Senado em junho e encaminhado para tramitação na Câmara ainda no dia 22 daquele mês, o PL 1328/2020, que “suspende, durante 120 dias, os pagamentos das obrigações de operações de créditos consignados em remunerações, salários, proventos, pensões e benefícios previdenciários, de servidores e empregados, públicos e privados, ativos e inativos, bem como de pensionistas”, estava “amarrado” pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM/RJ), aumentando a ansiedade de milhares de trabalhadores que se veem com seus orçamentos apertados e em dificuldade de saudar mensalidades de empréstimos anteriormente contraídos, em razão dos gastos aumentados durante este momento da pandemia.
A matéria passou a tramitar na Câmara a partir do dia 4 de agosto e já foram apresentados vários requerimentos de deputados pleiteando agilização de sua votação na Casa.
Mesmo diante dos requerimentos e da insistência dos depotados, o presidente da Câmara Rodrigo Maia ainda reluta em colocar em plenário a votação do projeto. Segundo informações de assessores parlamentares, na opinião de Maia, a matéria não merece urgência, devido ao fato de que os aposentados estão recebendo normalmente seus benefícios.
Deputados que defendem a urgência do projeto, como a deputada catarinense Angela Amin, justificou em seu pedido que: "Trata-se de medida emergencial e de caráter limitado com o escopo de aliviar o peso das parcelas desse empréstimo nos orçamentos das famílias nesse período da crise. A medida é urgente, uma vez que é inegável o grande impacto que a pandemia gerou na economia e na vida de milhões de famílias que tiveram sua renda diminuída ou cessada."