O Ministério da Defesa e a cúpula das Forças Armadas subiram o tom nesta segunda-feira, 13, em uma segunda resposta ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que havia dito que o Exército “se associou” a um “genocídio” ao comentar o fato de a instituição ter assumido o comando do Ministério da Saúde durante o combate à Covid-19.
Em nota, os militares declaram “repudiar veementemente” a insinuação de Gilmar Mendes, citando-o nominalmente – no primeiro posicionamento feito sobre o assunto, o nome do ministro não era mencionado.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, diz o texto assinado pelos chefes da Defesa (Fernando Azevedo e Silva), Marinha (Ilques Barbosa Junior), Exército (Edson Pujol) e Aeronáutica (Antônio Bermudez).
Na primeira nota, as Forças Armadas declararam que vinham “atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros” e frisou que o contingente empenhado na contenção do coronavírus era maior que o da campanha militar brasileira na Segunda Guerra Mundial.
Internamente, os militares consideraram a primeira nota muito leve e cobraram por um posicionamento mais firme da cúpula das Forças Armadas, o que se concretizou agora nesta segunda nota. No texto, o Ministério da Defesa ainda anunciou que encaminhará uma representação à Procuradoria-Geral da República para que sejam tomadas as “medidas cabíveis”.