O prefeito de Marília (SP) Daniel Alonso (PSDB) declarou nesta quarta-feira (3) em entrevista ao programa Pingos nos Is, da Jovem Pan, que ”quarentena não é vacina”. Nos últimos dias, o político tem sido destaque em diversos veículos de comunicação por ter reenquadrado sua cidade da ‘fase 2’ para a ‘fase 4’ no Plano São Paulo, que flexibiliza as restrições às atividades econômicas.
A medida foi noticiada ainda no Jornal Nacional e no Jornal Hoje, da Rede Globo, pelas revistas Veja e Istoé, Folha de S.Paulo, nos portais Terra e UOL. Com base em aval de sua equipe técnica, e amparado por aprovação do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 e em lei municipal que devolveu a autonomia ao chefe do Executivo, o prefeito permitiu uma reabertura mais ampla do que a permitida pelo Estado inicialmente.
A partir do dia primeiro de junho o município retomou, por exemplo, o funcionamento de bares, restaurantes e similares – estabelecimentos que não seriam permitidos na ‘fase 2’. Para que essas empresas abram ao público, são exigidas rigorosas medidas sanitárias, como o uso obrigatório de máscaras por funcionários e clientes, redução na ocupação máxima e distanciamento, além da disponibilização de álcool em gel.
Em sua entrevista ao programa Pingo nos Is o prefeito Daniel declarou que caso a situação se agrave, as medidas podem ser revistas. Ele não descartou retroagir para a ‘fase 3’ ou até ‘fase 2’, caso a situação do município se complique. No entanto, Marília e região seguem como uma das que menos contam com casos confirmados e menor ocupação de leitos.
“Aumentar a flexibilização, ou ter que restringir mais, tudo depende do nosso GPS, e do número de leitos, temos que ficar atentos”, disse Daniel Alonso na rádio. Mas ele completou que “temos que voltar nossas atividades, nosso pão de cada dia, nossa economia, e claro, poupar nossas vidas”.
Na entrevista para a Jovem Pan, o chefe do Executivo mariliense também agradeceu ao “governador por ter devolvido a autonomia aos prefeitos”. Ele e sua assessoria jurídica entendem que o artigo 7º do decreto estadual que instituiu o Plano São Paulo permite ao gestor municipal reclassificar sua cidade.
A gestão de Marília, por outro lado, entende também que a equipe do governador João Doria (PSDB) errou ao classificar a cidade em uma etapa mais restritiva do que as regiões de Bauru e Presidente Prudente, em que os principais indicadores considerados pelo Plano São Paulo estão bem piores, mas tiveram proibições mais brandas.
“Vamos ser bem sinceros. Ninguém é criança que precisa ficar falando todo dia o que precisamos fazer. Isso já virou um mantra para nós”, disse o prefeito Daniel aos jornalistas dos Pingos nos Is.