03/07/2019 às 09h10min - Atualizada em 03/07/2019 às 09h10min
Ministro Paulo Guedes pode zerar imposto sobre eletrônicos importados
A medida faz parte da abertura comercial prometida pelo ministro
Gustavo Silva - 87 NEWS
Tecmundo
Foto: Agência Brasil O ministro da Economia Paulo Guedes poderá dar um aval para a Camex (Câmara de Comércio Exterior) baixar uma resolução que prevê zerar alíquotas de importação de bens de informática, telecomunicações e capital que tenham produtos nacionais semelhantes. Isso significa que importar celular ou notebook poderá ficar mais barato em breve.
A medida faz parte da abertura comercial prometida pelo ministro Paulo Guedes durante a campanha ao lado do atual presidente Jair Bolsonaro, afirma a Folha de S.Paulo. Caso seja implementada, será a primeira iniciativa do tipo.
Guedes defendeu a ideia de jogar a indústria nacional na “cova dos leões” para “despertar seus instintos de sobrevivência”
Segundo a publicação, pessoas envolvidas nas discussões sobre o imposto zero dizem que a resolução ainda não entrou em vigor porque Paulo Guedes espera a aprovação da reforma da Previdência. Por outro lado, há a possibilidade de um revés: hoje (1º) acontece uma votação capitaneada pela banca que defende a indústria local.
O que foi aprovado pela Camex: alterar o regime atual de ex-tarifário que tem um modelo que zera, temporariamente, alíquotas para importação de máquinas, equipamentos e insumos de tecnologia sem similares na indústria local. Isso significa que eletrônicos importados com equivalentes na indústria nacional deixariam de ser taxados.
A equipe de Guedes pretendia baixar as alíquotas para 4% O empresariado nacional ficou preocupado com a notícia, mas, ao mesmo tempo, Guedes defendeu a ideia de jogar a indústria nacional na “cova dos leões” para “despertar seus instintos de sobrevivência”. O intuito seria forçar uma competição e um aumento na produtividade das empresas locais.
Atualmente, as importações de bens de capital são taxadas em 14% e as de bens de informática e telecomunicações, em 16%. Em anúncio anterior, a equipe de Guedes pretendia baixar as alíquotas para 4% até o último ano de mandato de Bolsonaro.