As sementes serão despejadas a partir de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na reserva legal da comunidade de reforma agrária Dom Tomás Balduíno e nas encostas do Rio Iguaçu – área de alagado que se estabeleceu após a construção da represa da Usina de Salto Osório.
A extração ilegal do palmito da palmeira-juçara colocou a espécia em risco de extinção, já que ela não rebrota. O fruto desta palmeira, no entanto, que tem casca lisa, cor violáceo-escura e uma polpa fina envolvendo a semente, semelhante ao açaí da Amazônia, pode ser comercializado.
Segundo o MJ, a produção e beneficiamento da polpa na comunidade Dom Tomás Balduíno chega a três toneladas de polpa por ano e tem potencial para aumentar: “Quando as famílias tiverem os equipamentos de despolpamento e de armazenamento necessários, o potencial de produção será de cinco a seis toneladas”.
“Rica em antioxidantes, a polpa representa um importante alimento para as comunidades tradicionais, mas também é utilizada na produção de sorvete, farinha, doces e sucos”, acrescentou.
De acordo com o ministério, a iniciativa, implementada durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, contou com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Itaipu Binacional, Agroecology Fund (AEF), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), a Prefeitura de Quedas do Iguaçu, a Câmara Municipal da cidade e o Instituto Água e Terra (IAT).