O prefeito Eduardo Paes disse, ao lançar o programa, que “a cultura mais uma vez mostrou a sua força, a sua capacidade de mobilização. A enorme capacidade de produção de cultura dessa cidade. Quando as pessoas falam em outro lugar como a nossa cidade é sexy é pela produção cultural que nós temos aqui no Rio de Janeiro. Ela foi construída pela beleza cultural, mas também pela produção cultural de nossa gente. Viva a cultura carioca, vida a democracia. Viva o Brasil”.
“Mais do que isso também, [o plano] é uma forma de nos planejarmos, sabermos que ao longo dos anos teremos vários programas que serão executados. Cada programa tem uma razão de ser, contribuindo para a geração de emprego, a geração de renda. Nós queremos que os cariocas frequentem cada vez mais os espaços de cultura, isso é o mais importante”, disse Calero.
O ativista e empresário Renê Silva, fundador do Jornal Voz das Comunidades, no Complexo do Alemão, quando tinha 11 anos de idade, disse que o plano é uma forma de democratizar o dinheiro público, levando a cultura para outros lugares da cidade. “Na maioria das vezes, infelizmente, as empresas, empresários e governantes, investem mais em eventos voltados para a zona sul e Barra da Tijuca. E quando se tem esse tipo de planejamento da prefeitura, através da Secretaria de Cultura, há uma democratização do acesso. Mais pessoas poderão participar. Pessoas de várias favelas, de várias periferias, das zonas norte e oeste. Então esta é uma forma de incluir a favela dentro do orçamento, dentro do investimento da cultura da cidade do Rio de Janeiro”, disse.
Grande parte dos recursos, cerca de R$ 262 milhões, mais de 80% do total, virá de fontes próprias do município. O Plano Viva a Cultura Carioca conta, também, com recursos oriundos dos repasses da Lei Paulo Gustavo e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.
* Colaborou Carolina Pessoa, repórter da Rádio Nacional