"Firmamos compromisso de que, a partir de agora, iremos buscar cada vez mais sensibilizar as empresas e a sociedade para perceber as vantagens de investir na cultura do país. Viabilizaremos ações que façam chegar os recursos necessários. A descentralização das leis de fomento à cultura e o diálogo que estabeleceremos com as empresas para cativar mais apoio e investimento em ações no setor cultural já são metas traçadas no ministério".
"A partir do próximo ano, queremos estender essa possibilidade de apoio às mais diversas regiões do país", disse ela, que defendeu a importância econômica do carnaval.
"Não se trata absolutamente apenas de um momento de distração do povo. Há muito tempo o carnaval brasileiro já mostrou a que veio. O nosso carnaval é uma grande plataforma de oportunidades de trabalho e um vetor de geração de empregos e renda muito maior do que podemos imaginar".
A ministra disse que o carnaval cumpre um papel importante no reconhecimento da cultura e da identidade brasileira mundo afora, e que é preciso tirar maior proveito disso. Ao fim de seu pronunciamento, ela aproveitou para cantar um dos mais famosos sambas-enredos do carnaval do Rio de Janeiro, "É Hoje", composto para o desfile de 1982 da União da Ilha do Governador.
"A minha alegria atravessou o mar/ E ancorou na passarela / Fez um desembarque fascinante / No maior show da Terra. Viva o Carnaval do Rio de Janeiro!"
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também participou do evento e defendeu que o desenvolvimento do Brasil não pode abrir mão de sua cultura e da alegria do carnaval, potencial em que poucos países do mundo se equiparam ao Brasil.
"O carnaval é um momento de celebração da vida, onde o povo brasileiro vai recuperar a alegria. São dois anos de pandemia e quatro anos da destruição de qualquer projeto cultural no país, fazendo muito mal à imagem do Brasil lá fora e ao nosso espírito aqui dentro", disse. "Esse é o primeiro carnaval depois da pandemia e depois do pandemônio, e a gente terá a chance de fazer o carnaval mais bonito da nossa história, porque a gente merece".
Freixo ressaltou que o carnaval gera ganhos aos empresários do setor hoteleiro e de serviços, e também para trabalhadores autônomos como taxistas e ambulantes.
"Graças à ciência, graças à vacina, graças aos profissionais de saúde, a gente está vivo e a gente vai para o carnaval, porque carnaval é vida, é emprego, é emprego, é trabalho, é renda, é desenvolvimento e é isso que o Brasil precisa".
A secretária de estado de cultura e economia criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros, agradeceu a presença da ministra no carnaval carioca e disse que estado e município vinham trabalhando sem apoio federal na promoção do carnaval.
"Nos últimos anos, a gente tem feito carnaval sozinho no Rio de Janeiro. Só a prefeitura e o governo do estado. E é uma festa grande demais para ficar só na mão da prefeitura e do governo do estado. Estava faltando uma mão. E a sua presença aqui é um aceno de que essa mão chega para nos ajudar, e que no ano que vem a gente tem a certeza de que vai fazer carnaval junto com o Ministério da Cultura, e entregar um carnaval ainda muito mais potente, se é que isso é possível".