O aço inoxidável tornou-se uma das matérias-primas mais utilizadas no mercado. A princípio seu uso era exclusivo para utensílios de cozinha, quando da sua descoberta; mas rapidamente popularizou-se para os segmentos hospitalares e de construção civil devido as suas características e resistências. Agora, o aço inox está presente na grande maioria das casas, seja por sua durabilidade, seja por sua elegância.
Somente no Brasil, segundo análises disponibilizadas pela Associação Brasileira de Aço Inoxidável (Abinox), a produção no país desse metal foi de 276 mil toneladas. Apesar de ser um número considerável, o resultado foi o menor em 10 anos, sentindo os reflexos da pandemia de Covid-19.
No entanto, ainda é possível perceber a importância do metal para o mercado. Embora a produção nacional tenha sido menor, a mundial atingiu 50,9 milhões, melhor resultado desde 2010, com exceção de 2019 quando os números alcançaram 52,2 milhões.
Com tantos produtos no mercado, é importante entender a necessidade de se preservar esse metal. A Projinox, fabricante de materiais especiais de inox, explica alguns meios para manter o produto sempre como novo, preservando características importantes, como resistência à oxidação, baixa porosidade, entre outras propriedades intrínsecas a essa matéria-prima.
Preservar o inox é o melhor caminho
O segredo do inox está na sua composição, sobretudo na presença do cromo, responsável por criar uma fina proteção, chamada de camada passiva, que protege o aço do contato com o oxigênio, aumentando a sua durabilidade. Essa camada revitaliza-se mesmo quando danificada, bastando o próprio contato com o oxigênio para que isso ocorra, ou seja, além de ter uma excelente ação protetiva, ela é autorregenerativa.
Para aumentar a durabilidade do inox existe uma fórmula mágica: a limpeza. Sabão neutro e água é a composição para deixar a peça sempre como nova, e livre de possíveis agressões à sua camada passiva. É o principal ponto para aumentar o tempo de vida útil do equipamento.
“Um exemplo muito comum de contaminação do aço inox é quando há a presença de outro tipo de aço contaminante, como o carbono, e partículas desse material entram em contato com o inox. Quando não há limpeza, os fragmentos podem iniciar o processo de oxidação”, pontua Douglas Brito, diretor comercial da Projinox.
Por exemplo, agentes mais agressivos ao inox, como o cloro, em caso de contato, devem ser rapidamente removidos do produto, enxaguando-o com água em abundância. Vale ressaltar que esponjas de aço metálico jamais devem ser usadas no inox, pois danificam a camada passiva.
Estética, maleabilidade e sua higiene são outros pontos importantes que fazem do aço peça fundamental na indústria de todo o mundo. Mas, mesmo com sua alta durabilidade, o inox pode não resistir ao mau uso. Por isso, a limpeza deve ser rigorosa para conservação da peça em inox.
É importante lembrar: é sempre bom contar com orientação profissional para evitar riscos de se escolher o tipo de inox errado para a aplicação de um equipamento, e ter problemas futuros com oxidação. “Áreas de piscinas, fornos, frigoríficos, ambientes externos ou internos, regiões litorâneas, indústria alimentícia, laboratorial ou hospitalar; todas têm suas particularidades que devem ser levadas em consideração no momento da confecção do material”, explica Brito.
Mas, afinal, o inox enferruja?
A resposta ideal é: não, mas é possível que isso aconteça caso ocorra o mau uso. O que pode acontecer, por exemplo, é que um elemento externo enferrujado entre em contato com a camada passiva do inox, contaminando-a. “Se isso ocorrer, é possível a sua recuperação com produtos específicos presentes no mercado, no entanto a ação precisa ser rápida e com orientação profissional”, conta Brito, que completa: “No entanto, a depender do tipo escolhido de aço inox e a sua aplicação, a oxidação pode acontecer. Para isso é preciso entender os tipos de cada aço inox, e um profissional da área poderá orientar a escolha correta para cada necessidade”.