Nos últimos anos, Cocal do Sul vem sofrendo com questões referentes à falta d’água. Mas esse problema está perto de ser resolvido, isso porque recentemente o município, por meio de processo licitatório, contratou uma empresa para realizar a instalação de uma máquina de osmose reversa para tratamento de água. A tecnologia aliada à inovação é capaz de reter até 99,98% de microrganismos, toxinas e os mais variados componentes que possam estar presentes na água.
Na última sexta-feira, o diretor do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Alisson da Silva, acompanhado pelos vereadores Vicervânio Bez Fontana (Toco), Evandro Cipriani e Gilson Clemes, foram até Indaial, local onde fica situada a empresa vencedora do processo licitatório e que será responsável pela instalação da máquina de osmose no município, a Acetecno. Esta será a segunda máquina produzida pela empresa, que possui uma semelhante em São Paulo, em uma usina de cana de açúcar.
Conforme Alisson, o objetivo da visita até a empresa foi para esclarecer dúvidas a respeito do andamento da instalação da máquina, como ela irá operar e também em relação aos custos para o município. “O valor da máquina é de R$ 647 mil reais, que já foi pago pelo município, já a instalação deverá custar em torno de R$ 300 mil”, comenta.
Impressão após a visita
O diretor do Samae acredita que até o fim do ano a máquina já deverá estar funcionando, solucionando o problema de falta d’água e fornecendo à comunidade uma água mineral na torneira em boa parte das residências de Cocal do Sul.
O vereador Evandro conta que os parlamentares já tinham ido visitar uma empresa na região que também trabalha com esse tipo de máquina, puderam observar seu funcionamento e constatar a funcionalidade. No entanto, na visita a Indaial, não foi possível ver a máquina funcionando pois no estado, Cocal do Sul será a primeira cidade a receber uma máquina de osmose reversa. “Nosso município vai ser piloto dessa máquina no estado, será a primeira vez, ela está em processo para a construção, já foram pedidas as peças, vamos esperar”, diz. Conforme informações colhidas durante a visita, o vereador explica que a membrana utilizada no processo de osmose está disponível no estoque desta, visto que é um material importado dos Estados Unidos.
Já o parlamentar Gilson apresenta insegurança em relação à máquina. “A empresa tem uma única máquina em São Paulo em uma usina de cana de açúcar, o que nos inviabiliza de irmos vê-la funcionando; ficamos engessados, acaba gerando uma insegurança se a máquina irá funcionar ou não, tem que rezar e pedir a Deus que dê certo”, declara.
O vereador Toco tem boas expectativas. Ele acredita que a máquina irá funcionar bem no município. “Eu falei com um colega que conhece a empresa, e ele me assegurou que a empresa é idônea, mas não temos 100% certeza pois essa será a segunda máquina que eles irão fazer”, salienta.
Entenda o processo
Durante o processo, são utilizadas membranas sintéticas com permeabilidade semelhante a das células vivas, onde boa parte dos solutos é retida. Neste caso, é possível fazer a separação da água em duas correntes distintas – em uma ficam retidos os contaminantes e na outra corrente a água purificada livre de impurezas.
Dessa forma, o processo garante uma alta capacidade de remoção de compostos que não podem ser removidos por métodos convencionais com a mesma eficiência, como é o caso das tecnologias atualmente empregadas em grande parte das estações de tratamento de água.
Intenção de atrair empresas
Alisson foi a Camboriú visitar a empresa Bluetech Liquid Soluções, cuja atividade econômica principal é suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação. “Nós fizemos o convite a essa empresa para se instalar em Cocal do Sul. O dono da empresa já conhece a região, tem negócios por aqui e conhece o potencial da nossa cidade, sendo que um dos atrativos aqui é a energia barata”, ressalta.