De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa da incidência de câncer colorretal no Brasil em 2020 é de 40.990 casos. É o segundo câncer mais incidente nos homens e nas mulheres. Este número só é menor que o de câncer de próstata e mama respectivamente, mostrando a necessidade de novas terapias disponíveis no Brasil para esses pacientes.
Por conta destes números, a farmacêutica Servier tem investido cada vez mais em pesquisas nessa área e acaba de registrar no Brasil o Lonsurf®, quimioterápico oral disponível a partir de dezembro de 2020 para pacientes adultos com câncer colorretal metastático, que foram anteriormente tratados com as terapias atualmente disponíveis. Somente no último ano, entre setembro de 2019 e setembro de 2020, 59.000 pacientes foram tratados com este medicamento em todo mundo.
“Estamos falando de um tratamento de terceira, quarta linha, após o paciente já ter recebido os tratamentos que são considerados padrão disponíveis ou naqueles pacientes não candidatos a tais terapias, que incluem quimioterapia e terapias de alvo molecular. Os resultados mostram que ele prolonga a sobrevida dos pacientes e tem um perfil de eventos adversos, principalmente hematológicos, na maioria das vezes assintomáticos e manejáveis. Portanto, é uma nova alternativa nesse cenário com poucos tratamentos disponíveis”, explica Rachel Riechelmann, Presidente do Grupo Brasileiro Gastrointestinais e Diretora do Departamento de Oncologia Clínica do A. C. Camargo Câncer Center São Paulo.
A aprovação pela ANVISA nesse cenário é baseada nos resultados de um grande estudo de fase III, o Recourse, onde Lonsurf® prolongou significativamente a sobrevida global dos pacientes, reduzindo em 31% o risco de morte, quando comparado ao placebo. Pacientes que receberam a medicação tiveram melhora na sobrevida global e foram capazes de permanecer em forma e ativos por mais tempo.
“A disponibilização do Lonsurf® aos pacientes brasileiros faz parte do fortalecimento das atividades em oncologia da Servier no país. Isso é importante, pois a necessidade médica para o tratamento desse tipo de câncer é alta, e as alternativas terapêuticas ainda são limitadas”, declarou Mathieu Fitoussi, Diretor Geral da Servier do Brasil.
Dada a magnitude das necessidades terapêuticas mundiais em oncologia, o Grupo Servier fez da oncologia uma de suas prioridades estratégicas. A ambição da companhia é se tornar reconhecida e trazer medicamentos inovadores, dedicando hoje à oncologia 50% do orçamento geral de pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, a Servier tem seis tratamentos no mercado e quinze moléculas em desenvolvimento clínico na oncologia, visando cânceres gastrointestinais, de pulmão e outros tumores sólidos, bem como diferentes tipos de leucemia e linfomas. Este portfólio de tratamentos inovadores de câncer está sendo desenvolvido com parceiros, instituições acadêmicas, bem como industriais e empresas de biotecnologia em todo o mundo.