O IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e o Instituto ACP lançam o Guia de Gestão de Pessoas no Terceiro Setor, uma publicação inédita no mercado com foco em quem trabalha em organizações da sociedade civil.
O Terceiro Setor, segundo o IBGE, tem participação de 1,4% na formação do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que o setor emprega mais de 2,3 milhões de pessoas, de acordo com o Mapa das Organizações da Sociedade Civil, do IPEA.
Hoje em dia existe farto material de apoio para os gestores de recursos humanos das empresas, afinal, formar boas equipes e mantê-las estimuladas, produzindo em um bom ambiente de trabalho, não é tarefa fácil.
Entretanto, quando se trata de fazer a mesma coisa em organizações do Terceiro Setor, a oferta de conteúdos para orientação é insuficiente. E, apesar de diversas práticas desenvolvidas para as empresas poderem ser aplicadas no setor sem fins lucrativos, a cultura organizacional das ONGs tem suas especificidades e apresenta desafios e oportunidades diferentes.
“Percebemos as equipes das organizações sociais querendo aprimorar suas relações de trabalho, fortalecerem seus times, sem terem o apoio de uma interface que conheça esse mundo”, aponta Rodrigo Pipponzi, vice-presidente do Instituto ACP que tem como propósito contribuir para o fortalecimento das organizações da sociedade civil pra que sejam vetores do desenvolvimento do país.
O Terceiro Setor traz elementos próprios como, por exemplo, o propósito nobre para o trabalho, os impactos positivos provocados pela organização e, até mesmo, a realização de sonhos. São fatores que contribuem para equilibrar, eventualmente, um valor de salário vezes menor do que o praticado na iniciativa privada.
Outro diferencial é administrar uma organização que não tem ‘dono’, na qual as relações são mais horizontais e onde há mais espaço para a expressão de necessidades e individualidades. Sem mencionar a administração dos voluntários, tão relevantes no Terceiro Setor
E muitos acreditam que o trabalho no Terceiro Setor é mais suave do que nas empresas, quando não é verdade, pois as organizações do Terceiro Setor frequentemente estão atuando em inovações sociais, testando e ajustando novos e diversos modelos. Essa forma de trabalhar ‘sem receita de bolo’ exige muito esforço, um olhar mais aberto e disposição para testar os vários caminhos até encontrar o melhor deles.
Além disso, no Terceiro Setor, quase sempre o responsável pela gestão de pessoas também acumula outras incumbências, tais como a área financeira, administrativa e jurídica. “É justamente para esse gestor de pessoas que quer fazer o melhor, mas não tem tempo para fazer uma formação mais profunda, que foi concebido o Guia”, explica Paula Fabiani, diretora-presidente do IDIS.
O Guia de Gestão de Pessoas no Terceiro Setor está disponível para download, gratuitamente, no link: https://www.idis.org.br/guia-de-gestao-de-pessoas-no-terceiro-setor/