A pandemia de covid-19 obrigou as pessoas a mudarem os hábitos de consumo, utilizando mais os canais digitais dos estabelecimentos. Isso levou a um aumento significativo do delivery e, consequentemente, dos entregadores que realizam esse serviço, segundo a Eu Entrego, startup de entregas colaborativas.
O número de pessoas que encontrou nessa atividade uma forma de melhorar a renda, a partir de março, com o início da quarentena e do isolamento social impostos pelo novo coronavírus, quase dobrou. Entre fevereiro (último mês antes da pandemia) e setembro de 2020, o total de entregadores na plataforma da empresa cresceu 84,1%.
O estado de São Paulo concentra mais da metade do total de entregadores, com 56%, Rio de Janeiro é o segundo estado da lista, com 12%, seguido por Minas Gerais, com 6%, Paraná, com 5%, e Rio Grande do Sul, com 4%. Santa Catarina, Pernambuco, Bahia, Goiás e Distrito Federal têm 2% cada. Já Amazonas corresponde a 1%.
O carro é o meio preferido para as entregas: ao todo, 95% deles utilizam os veículos de passeio. O uso de fiorinos e de motos representa 2% cada. Já 1% dos entregadores preferem outros meios, como transporte público e bicicletas.
"O delivery se tornou o principal recurso para conectar os consumidores que ficaram em casa aos lojistas que, em muitos casos, tiveram que suspender a operação física por conta das medidas de prevenção. Essa demanda impactou positivamente a busca por entregadores, que puderam melhorar a renda realizando entregas nas regiões", explica Vinicius Pessin, CEO da Eu Entrego.