Do início do ano até o dia 11 de agosto foram confirmados em Santa Catarina dez casos importados de sarampo. Os casos foram classificados como importados por se tratarem de pessoas com histórico de viagem e/ou residência no estado de São Paulo, onde há surto da doença. Outros dez casos estão em investigação.
Dos dez casos confirmados, seis foram registrados no município de Florianópolis, um em Guaramirim e outros três em tripulantes estrangeiros do navio de Bandeira Malta que ancorou no estado em fevereiro deste ano. Os pacientes não tinham registro de histórico vacinal comprovado ou adequado.
A vacina é a única forma de prevenir o sarampo, por esse motivo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde recomenda que todos os moradores que não tenham tomado a vacina contra o sarampo, que não se lembrem ou que tenham perdido a caderneta de vacinação procurem uma unidade de saúde para regularizar a situação vacinal.
Nas crianças, a vacina contra o sarampo deve ser tomada aos 12 meses (1ª dose) e aos 15 meses (2ª e última dose). Crianças que tomaram essas duas doses estão protegidas para toda a vida. De acordo com a gerente de imunização da DIVE/SC, Lia Quaresma Coimbra, quem não tomou precisa atualizar a situação vacinal de acordo com a faixa etária “Pessoas entre 1 e 29 anos devem tomar duas doses da vacina com um intervalo mínimo de 30 dias e pessoas com idade entre 30 e 49 anos, devem tomar apenas 1 dose” explica a gerente.
As vacinas que previnem o sarampo são: a Tríplice viral (protege contra o sarampo, caxumba e rubéola) e a Tetra viral (protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e catapora). Elas são seguras, gratuitas e estão disponíveis nas mais de 1.000 salas de vacinação dos postos de saúde dos 295 municípios catarinenses.
Além da recomendação de vacinação, a cada suspeita ou confirmação de novo caso, a DIVE/SC monitora a notificação e investigação imediata; a busca ativa dos contatos do paciente nos locais frequentados como trabalho, escola, meios de transporte para vacinação, além do monitoramento dos contatos até 30 dias após a data do aparecimento das manchas avermelhadas do caso confirmado. “Com essas medidas conseguimos ter uma resposta rápida frente a esses casos”, esclarece a Diretora da DIVE/SC, Maria Teresa Agostini.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. O vírus se espalha facilmente pelo ar através da respiração, tosse ou espirros. Uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para uma média de 12 a 18 pessoas que nunca foram expostas ao vírus anteriormente ou que não tenham se vacinado.
Os principais sintomas do sarampo são: febre, tosse, coriza, aparecimento de manchas vermelhas no corpo e olhos avermelhados. Apresentando sinais e sintomas do sarampo, o serviço de saúde deve ser procurado imediatamente para que seja feito o diagnóstico e tratamento da doença.
Casos de sarampo em Santa Catarina
• Três tripulantes estrangeiros do navio de Bandeira Malta;
• Mulher, com 40 anos, residente no município de Alto Paraíso de Goiás com passagem por São Paulo e visita ao município de Florianópolis;
• Mulher, com 30 anos, residente em São Paulo em visita ao município de Florianópolis;
• Menina, com 11 anos, residente em Florianópolis com deslocamento para São Paulo;
• Homem, com 30 anos, residente em São Paulo, com deslocamento para município de Guaramirim.
• Homem, com 20 anos, residente em São Paulo, com visita a Florianópolis;
• Homem, com 19 anos, residente em Florianópolis, com visita a São Paulo;
• Homem, com 27 anos, residente em São Paulo, com visita a Florianópolis.