19/11/2020 às 15h27min - Atualizada em 20/11/2020 às 00h00min

Novembro azul: criopreservação de espermatozoides é opção para preservar a fertilidade de homens em tratamento de câncer

O congelamento de sêmen deve ser realizado antes do início das sessões de químio ou radioterapia

DINO
http://www.fertipraxis.com.br


Novembro é mês de intensificar as campanhas para prevenção do câncer de próstata, segunda maior causa de mortes pela doença entre os homens no Brasil, como mostram dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com os especialistas em Reprodução Humana não há uma ligação direta entre o câncer na próstata e a infertilidade masculina, mas os tratamentos agressivos contra a doença, como a radioterapia e a quimioterapia, entre outros, podem sim afetar a capacidade de reprodução dos homens. "No caso de pacientes com câncer, existem protocolos especiais de tratamento que permitem o início do tratamento de imediato. O ideal é que o tratamento seja iniciado antes da realização das primeiras doses de quimio ou radioterapia", afirma o Dr. Roberto Antunes, ginecologista e especialista em reprodução humana, diretor-médico da clínica Fertipraxis, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O congelamento de sêmen é a principal opção para permitir que no futuro os homens que se submeterem aos tratamentos de câncer possam ter a possibilidade de exercer a paternidade. A criopreservação não tem limites de idade, o material coletado pode ser congelado por tempo indeterminado e a quantidade de espermatozoides não precisa ser elevada. Com um pequeno número de gametas já é possível proceder o tratamento de fertilização In Vitro. "Se for possível, solicitamos que o paciente se mantenha sem ejacular por pelo menos 2 dias. Contudo, caso esse período de abstinência não seja possível, é viável proceder com o congelamento mesmo assim", explica o Dr. Roberto.

Atualmente existem boas chances do homem ter um filho por meio das técnicas de fertilização. Outras técnicas também podem ser utilizadas, mas com algumas restrições. "A inseminação artificial, por exemplo, requer mais de cinco milhões de espermatozoides móveis presentes após o descongelamento do esperma para que haja uma maior chance de gravidez da parceira", conclui o especialista.



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