Sentenças proferidas pelo juízo da comarca de Imbituba condenaram mais de 30 membros de facções criminosas que atuavam na região a penas que totalizam quase 350 anos de reclusão. Na última semana foi divulgada a sentença referente às ações da operação "Fim da Linha", que condenou 17 pessoas a penas que, somadas, alcançam quase 170 anos. Entre os crimes estão participação em organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, posse ilegal de arma de fogo e corrupção de menores entre outros.
Segundo a denúncia, a partir de junho de 2017 até abril de 2018, todos os denunciados formaram e estruturaram uma célula de organização criminosa na cidade de Imaruí. Eles teriam como objetivo obter, direta e indiretamente, vantagens de qualquer natureza mediante a prática de crimes como tráfico de drogas, comércio e porte ilegal de armas de fogo e munições, homicídios e incêndios. As penas aplicadas variam entre 15, 14, 12, nove, oito, sete e quatro anos de reclusão, além de multas, que para 15 dos réus foi fixada entre mil e 1.300 dias-multa.
Já em outra organização, desarticulada na operação "Bravo Zulu", 14 pessoas foram condenadas, no somatório de todas as penas aplicadas, a quase 180 anos de reclusão. Segundo a investigação descrita nos autos, destacou-se a movimentação de bens e valores, especialmente do líder da organização criminosa, que, além de possuir apartamentos, terrenos e veículos de luxo, estaria negociando uma aeronave.
Os membros foram condenados pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, corrupção de menores, tráfico de drogas, roubo, porte de arma, receptação, falsidade ideológica, desobediência e posse de arma de uso restrito entre outros. As penas aplicadas variam entre 27, 25,16, 15, 12, 10, nove, cinco e três anos de reclusão, além de multas fixadas entre mil e 2.300 dias-multa.
As operações aconteceram de maneira simultânea, e as sentenças de cada processo alcançam ou ultrapassam 200 páginas. A oitiva das testemunhas e interrogatório dos réus, realizados na Câmara de Vereadores local, durou uma semana para cada caso. Estes são os maiores processos criminais da comarca de Imbituba desde sua criação