Ansiedade, estresse, depressão, desregulação do sono, entre outros gatilhos, têm intensificado as crises de dor de cabeça nas pessoas no período da quarentena. O pesquisador e neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) dr. Marcus Tulius explica: "O isolamento social e o receio de contrair a Covid-19 despertam sentimentos e sensações em cascata que alteram o metabolismo. Somados a isso, temos os fatores de sobrecarga de funções do home office, por exemplo.".
Apesar de ser um momento delicado para todos, para os portadores de enxaqueca crônica, as mudanças na rotina exercem um impacto maior sobre as dores de cabeça. "Além dos fatores emocionais, também podemos destacar a falta de atividade física, as tensões e a falta de ergonomia durante o trabalho remoto, muitas vezes realizado em ambientes sem o preparo adequado e que afetam a postura, entre outras consequências."
Os sintomas mais comuns da enxaqueca crônica são: dor latejante; náuseas e enjoos; dor em apenas um lado da cabeça (unilateral); dor intensa; dor com duração média de 4 a 72 horas e sensibilidade ao som e a cheiros fortes.
Para debater esse tema, a próxima live do CHN, "Dor de cabeça. Isso tem solução?", acontecerá no dia 3 de novembro, às 19h, pelo Instagram do hospital: @chniterói. O evento, gratuito, terá a moderação do cardiologista Wolney Martins e apresentação do neurologista Marcus Tulius.