Um comboio com mais de 100 ônibus de empresas que oferecem serviço de fretamento de viagens por meio de aplicativos protesta nesta 4ª feira (28/10) perto do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Eles protestam contra propostas do governo estadual que inviabilizam a atividade por meio de aplicativos.
Entre as participantes da manifestação está a Buser, maior plataforma do segmento no Brasil, cotada para se tornar, ainda neste ano, um unicórnio (nome dado às startups cujo valor alcança US$ 1 bilhão).
As viagens intermediadas por aplicativos representam hoje uma opção mais barata aos passageiros, custando menos da metade dos preços cobrados na rodoviária, uma vez que o valor das viagens é formado por meio de rateio.
A principal reclamação dos manifestantes é contra a tentativa da Agência de Transportes do Estado (Artesp) de em obrigar que os passageiros que optam por usar os aplicativos comprem o "circuito fechado", que seria a imposição de comprar ida e volta e não apenas um dos trechos. Os fretadores destacam que essa norma já foi considerada inconstitucional pela Justiça de vários Estados, como Minas Gerais e até mesmo São Paulo.
O CEO da Buser, Marcelo Abritta, afirma que "a venda do circuito fechado causa uma ociosidade de cerca de 30% dentro dos ônibus, o que é uma perda de receita que inviabiliza a operação".