23/09/2020 às 14h28min - Atualizada em 24/09/2020 às 00h03min

A importância da educação em saúde para profissionais em tempo de COVID-19

As técnicas de precaução adotadas no mundo para hospitais e postos de atendimento se tornaram primordiais na prevenção para que os próprios profissionais da saúde não se contaminem.

DINO
https://www.linkedin.com/in/natalia-marques-9559651b7/


Atualmente, a sociedade vivencia uma crise global em decorrência da pandemia de COVID-19, identificada pela OMS - Organização Mundial de Saúde, pela primeira vez em humanos, em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. No dia 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou estado de emergência em saúde pública em âmbito Internacional e no dia 11 de março foi declarada pandemia.

A enfermeira, Natalia Marques, alerta que é válido elucidar que embora a origem do SARS-COVID-2, agente causador da COVID-19, seja incerta, sabe-se que se trata de uma doença viral transmitida por gotículas e que a rápida propagação do vírus pode estar relacionada à sua forma de transmissão e a capacidade de sobrevivência no meio externo. "Até o momento cientistas e governantes se deparam com a dificuldade na elaboração de uma estratégia no controle e tratamento do vírus, enquanto uma vacina não é lançada".

As técnicas de precaução adotadas no mundo para hospitais e postos de atendimento se tornaram primordiais na prevenção para que os próprios profissionais da saúde não se contaminassem e conseguissem atender uma demanda nunca vista no mundo. "Neste momento vemos a grande importância em manter um treinamento efetivo para com os profissionais de saúde como uso de EPI’s - Equipamento de Proteção Individual e a simples ação e necessária execução de técnicas da lavagem de mãos", declara Natalia.

A enfermeira que têm mais de dez anos de experiência e pós-graduação em UTI - Unidade de terapia intensiva, afirma que a rotina em meio de uma crise exige ainda mais dos profissionais e os treinamentos servem também para que todos que estão em atendimento saibam se proteger e assim não serem contaminados ou contaminarem outros que ainda estão saudáveis. "Situações como essa geram um acréscimo em larga escala na maneira como o vírus se propaga. No enfrentamento à pandemia, as práticas de educação em saúde devem envolver minimamente três segmentos: profissionais de saúde comprometidos com o SUS - Sistema Único de Saúde (brasileiro), com a defesa da vida e que valorizem ações de prevenção da doença, promoção de saúde e práticas de cuidado; gestores que apoiem e implementem políticas de educação em saúde; e a população, na busca de autonomia nos cuidados individuais e coletivos".

A educação em saúde, detalha Marques, não se trata apenas de atos de transmissão de conhecimento sobre o Coronavírus, mas um processo ético, estético, político e pedagógico que requer o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo, permitindo desvelar a realidade e implementar ações inovadoras, como é o caso do uso de EPI e aplicação de precaução padrão. "Um profissional na UTI, por exemplo, não deve se eximir de ofertar práticas educacionais relacionadas ao Coronavírus para todos aqueles que encontra no cotidiano do trabalho. O mesmo vale para os profissionais que atuam na atenção básica, na média e alta complexidade. Educação em saúde que pode ser realizada em consultas, salas de espera, visitas domiciliares, barreiras sanitárias, neste caso com uso de Equipamento de Proteção Individual e distanciamento mínimo entre profissional e usuário."

Natália que participou do curso Mechanical Ventilation for Covid-19 promovido pela Havard Medical School, afirma que a Instituição reforçou a necessidade na utilização de máscara cirúrgica até mesmo para pacientes que se encontram em isolamento e /ou em uso de cânula nasal. "Isso se dá em decorrência ao risco de aerolização das partículas que irão se espalhar com facilidade em decorrência da cânula nasal ou qualquer outro meio de oxigenação artificial".

Até hoje, após quase um ano do primeiro caso ainda há mais de 300 mil pessoas contaminadas pelo mundo, segundo o gráfico da evolução diária do site Wikipédia e são nove países desenvolvendo a vacina, sendo que Reino Unido, China e Estados Unidos lideram na corrida por uma imunização para o coronavírus Sars-Cov-2; Há 164 pesquisas em desenvolvimento, segundo a OMS.

"Neste momento vemos a importância e a necessidade na educação continuada ou permanente das equipes, pacientes e todos aqueles que se encontram em ambiente hospitalar, no objetivo de tornar esses indivíduos colaboradores das práticas de educação em saúde em benefício de toda a sociedade", finaliza.



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