O dia 23 de setembro é lembrado como Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, doença causada por um desbalanço na resposta imunológica e que afeta de 10% a 20% das crianças em idade escolar, podendo contribuir no comprometimento da aprendizagem, dificuldades sociais, familiares e ainda levar a mudanças de humor e personalidade.
A doença apresenta graus que variam entre leve, moderado e grave. Os casos moderados e graves são os que causam maior impacto físico e emocional para os pacientes, independentemente de sua idade. Tal impacto está relacionado as lesões visíveis na pele, como também ao prurido e suas consequências, como distúrbios do sono.
Uma pesquisa realizada com pacientes de 5 a 16 anos, de um serviço de Dermatologia da região sul do Brasil, avaliou crianças e adolescentes, sendo que 30% deles possuíam dermatite atópica como diagnóstico nas consultas dermatológicas. Aqueles que possuíam alguma doença crônica, como é o caso dos diagnosticados com a DA, tiveram 2,5 vezes mais a qualidade de vida impactada, sendo a esfera dos sentimentos e das relações pessoais a mais afetada.
"A coceira é o principal sintoma da dermatite atópica. Ela muda a aparência da pele, gerando possíveis transtornos de autoestima, bullying e redução da socialização. Além disso, é extremamente desconfortável, sendo capaz de afetar o sono também dos familiares responsáveis pelas noites da criança", explica Mayra Ianhez, médica dermatologista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estudos revelam que distúrbios do sono associados atingem até 60% das crianças com dermatite atópica, chegando a 83% durante as crises da doença.
Pais e cuidadores dessas crianças diagnosticadas com DA também são impactados. A falta de sono que atinge os pais pode até ser comparada com a de familiares de crianças autistas ou que têm convulsões . Segundo a dermatologista, os pais da criança com dermatite atópica têm sentimentos de exaustão, frustração, desamparo e culpa. Há maior probabilidade de instabilidade no casamento e também no relacionamento com outros entes familiares. "Há um ciclo de consequências para os pais também, pois se ausentam mais do trabalho, têm menos atividades sociais, se estressam mais com o cuidado com a criança e têm mais desafios relacionados à disciplina", destaca.
Perder a qualidade de sono já é algo esperado para pais de crianças pequenas, mas isso é amplificado quando as mesmas apresentam dermatite atópica. O cuidado durante a noite com o filho pode ser bem complexo, ainda que consigam fazê-lo pegar novamente no sono após a crise de prurido. Cerca de 41% dos pais disseram continuar acordados mesmo após a criança voltar a dormir, resultando em perda de sono de 1 a 3 horas por noite.
A doença e o tratamento
A dermatite atópica é uma doença crônica e com predisposição genética, causada por uma resposta exagerada do sistema imunológico, chamada de Inflamação Tipo 2. Na prática, o paciente predisposto geneticamente e com fatores ambientais que propiciam a piora da doença - tais como ressecamento da pele e o contato com substâncias irritantes ou alergênicas - ativa uma reação inflamatória
Mais de 50% das crianças afetadas podem ficar livres da doença ao longo do tempo, entretanto, a outra metade pode evoluir com a doença na idade adulta, especialmente para os casos mais graves e se for acompanhada de outras doenças, como a asma e a rinite alérgica. Para os casos crônicos e recorrentes, esquemas terapêuticos apropriados para a gravidade de cada paciente devem ser seguidos.
O cuidado mais básico e indicado para todos os casos, de leves a graves, é a hidratação da pele. Essa medida simples promove a umidificação da sua camada mais externa estabilizando-a como barreira protetora. Além das medidas de cuidados básicos, o médico pode ainda receitar tratamentos tópicos ou sistêmicos, incluindo corticoides, fototerapia, imunossupressores e medicamento biológico, conforme a gravidade da doença.
Sobre a Sanofi Genzyme
A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e distúrbios raros do sangue.
Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).
Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.
Referências:
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