Içara
Solivan da Cunha Jesuíno, de Içara, convive diariamente, desde abril, com uma situação delicada. Diagnosticado com insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e outras doenças que envolvem o coração, o paciente teve que ser afastado do trabalho. Portanto, sem renda para a família. Com a esposa, três filhos e as despesas mensais chegando, a solução foi recorrer ao afastamento trabalhista via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), porém, uma surpresa, o benefício foi negado.
Aluguel, água, luz, gás e alimentação. Todas estas despesas continuando chegando à casa da família de Solivan, sem renda fixa, doações e campanhas de amigos e familiares é o que garante o sustento. “As contas não param e nesse estado que me encontro, tudo fica difícil, se as pessoas não me ajudarem, tudo complica. Eu pago aluguel, tenho três filhos, tenho inúmeras despesas mensais, com essa situação está sendo muito difícil para mim. A minha esposa também está em tratamento com problema de asma e tenho duas crianças com essa mesma condição. É uma situação difícil e constrangedora”, explica o paciente.
Com a voz ofegante e a respiração curta, o paciente conta que passou mal pela primeira vez em um dia comum de trabalho. “Eu trabalho em uma empresa de copo plástico aqui da região na parte de carregamento dos caminhões, no setor de expedição. Estava trabalhando normalmente e senti um desconforto, uma fisgada forte no peito e comecei a sentir tontura e náuseas. Um colega rapidamente me acudiu, respirei fundo e tomei um copo de água. Desde então, não me senti mais bem”, acrescenta Jesuíno.
Após uma bateria de exames, o morador de Içara foi instruído a procurar um cardiologista e assim o fez. “Eu procurei um especialista, doutor Sérgio Peruchi, e foi constatado que estou com esses problemas no coração. Estou em tratamento desde abril, ele vem me ajudando de diversas formas, inclusive, as consultas e retornos ele está me cedendo e alguns medicamentos que ele tem no consultório me cede também gratuitamente”, ressalta o paciente.
Desde então, afastado do trabalho e sem renda, o paciente utiliza as redes sociais, incentivado pelos amigos, para mostrar sua situação. “A minha maior dificuldade hoje é financeira, por eu não ter renda. Eu vivo de ajuda dos amigos para poder pagar minhas despesas mensais, isso pra mim é muito humilhante e triste. Até alimentos as pessoas estão nos doando, por eu não ter salário”, conta.
Benefício negado
Com toda essa situação, Jesuíno reuniu atestados médicos para dar entrada ao afastamento do trabalho via INSS. Porém, o benefício foi negado pelo órgão. Diante disso, a família contratou uma advogada para tentar reverter o caso e conseguir, de alguma forma, a liberação do recurso. “Passei toda a minha situação para ela (advogada) e ela abraçou a minha causa e está tentando me ajudar para ver se consigo o meu auxílio doença e poder receber alguma coisa e manter a casa”, acrescenta o paciente.
Há pouco mais de cinco meses, a família luta de todas as formas para permanecer firme e encarar a situação. “A gente espera que tudo isso se resolva, que a minha advogada consiga o benefício através dos recursos que ela tem e que pelo menos a minha situação fique estabilizada para pagar o aluguel, água, luz.. as necessidades básicas do mês”, conclui Jesuíno.
FORMAS DE CONTRIBUIR COM A FAMÍLIA: