18/08/2020 às 15h13min - Atualizada em 18/08/2020 às 15h13min

Tragédia ambiental segue sem resposta em Cocal do Sul

Grande mortandade de peixes e água de açude com espuma e aspecto sujo assusta moradores da localidade de Rio Galo. Fundac investiga o caso e prepara veredito sobre as causas da poluição

Tiago Monte - 87 News
TNSUL
 

A grande mortandade de peixes, além da espuma e sujeira na água de um açude, que recebe água do Rio Galo, assusta um morador de Cocal do Sul e incomoda os demais vizinhos da região. Há mais de dois anos, proprietários observam a crescente morte dos animais. Nos últimos meses, uma espuma deixa a água com aspecto ruim e prejudica o desenvolvimento do gado. “Esse problema acontece há muitos anos. Ficou feio mesmo em 2018. De dois anos para cá, complicou muito e apareceram peixes mortos”, comenta Diego Zanatta, que é morador da localidade.

O Rio Galo atravessa a propriedade de Diego. Não se sabe qual o motivo da tragédia ambiental: algum agente poluidor, a falta de oxigenação na água ou até mesmo a baixa temperatura da água para criação dos peixes. “Morreu mais de uma tonelada de peixe: um pouco era para consumo e as carpas eram para manter o açude limpo, só que agora a sujeira está começando a entrar. Então, tenho que colocar tudo de novo, mas não consigo porque tem sempre esse problema. A água parece onde fica esgoto de porco, que fica fermentando”, enfatiza Diego.

A água que atravessa a propriedade de Diego está com aspecto sujo. “Tem algumas fotos (que ilustram esta página do Tribuna de Notícias) que são de quinta-feira passada e tinha quase um metro de espuma. O gado come e vai direto tomar aquela água. Acontece de morrer alguns bois. No ano passado, uns terneiros nasceram mortos. E foi em grande número, uns 12. É algo fora do normal”, destaca.

O morador não sabe se é mesmo por conta da água que os animais estão morrendo, mas tem a desconfiança. “Pode ir prejudicando porque eles tomam a água todos os dias. Não é algo que mata de imediato”, ressalta.

Fundação recolhe amostras e envia para análise

A Fundação do Meio Ambiente de Cocal do Sul (Fundac) trabalha no caso há dois meses, mas ainda não concluiu o parecer sobre as amostras de água recolhidas. “Não podemos dar uma resposta, pois não há nada conclusivo. A gente acredita que até o final da semana ou início da semana que vem teremos uma resposta para dar aos denunciantes”, comenta a fiscal da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Cocal do Sul, Natália Maragno.


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