O futuro está chegando à agricultura. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) colocou em consulta pública na sexta-feira (10), por 60 dias, a proposta de Instrução Normativa (IN) para regulamentação do uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), mais conhecidas como drones, em atividades agropecuárias.
Os drones têm ocupado cada vez mais espaço na agricultura e na pecuária. São versáteis, podendo desempenhar diversas funções, variando de acordo com modelo e tecnologias embarcadas. Dentre as atividades que podem ser realizadas com drones, destacam-se topografia, imageamento, monitoramento de culturas, plantio, aplicação de defensivos agrícolas, dentre outras.
As normas deverão ser aplicadas para drones pertencentes as classes 2 (de mais de 25 kg até 150 kg de peso total) e 3 (até 25 kg de peso total), destinadas à aplicação de defensivos, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.
Especialista destaca benefícios da ferramenta
O CEO do Grupo VMX Agro, Carlos Cesar Floriano, afirma que já existem vários empresários que utilizam a tecnologia, mas a regulamentação pode abrir novos horizontes. “Se for instituído dentro de normas padrões, acredito que a ferramenta será muito útil para o desenvolvimento ainda maior da tecnologia no campo”, afirma o executivo.
Pela proposta, a Instrução Normativa deverá prevê o registro de operadores que utilizem RPA na agricultura, englobando corpo técnico qualificado, com pilotos com curso de piloto agrícola remoto e responsável técnico para coordenar as atividades. Também devem estar previstos os requisitos das aeronaves e equipamentos, e o plano de destinação de resíduos; o registro de entidades de ensino para ministrarem curso de piloto agrícola remoto; os requisitos operacionais e de segurança operacional, envolvendo a segurança aos operadores e distâncias mínimas a serem respeitadas nas aplicações. “É o futuro chegando à agricultura. Em breve veremos essa tecnologia em diferentes serviços logísticos e de monitoramento. Temos muita dificuldade em encontrar mão de obra qualificada para operá-los, talvez esse seja o próximo passo a melhorar”, conclui Carlos Cesar Floriano.
O texto da minuta pode ser acessado por este link e as sugestões deverão ser encaminhadas por formulário disponível neste link.