A pandemia de covid-19 trouxe ao mundo impactos inimagináveis. Muito embora o momento seja diferente de grandes pandemias históricas - como a da peste negra, por exemplo - sentimentos similares surgiram numa magnitude global: ansiedade, temores, incertezas e uma preocupação, cada vez maior, com a longevidade. Porém, atualmente vive-se em um contexto absolutamente diferente do vivenciado durante as pandemias históricas devido à evolução e à tecnologia.
Soluções científicas e tecnológicas são, hoje, ágeis e eficazes, capazes de amenizar os grandes temores da crise, mas para que desenvolvam-se na velocidade correta, necessitam de investimentos. No mundo moderno, startups tomam a frente na busca por soluções para desenvolver o futuro.
Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em quatro anos, de 2015 até 2019, o número de startups no Brasil mais que triplicou, passando de 4.151 para 12.727 - um salto de 207%. Um dos principais fatores deste crescimento são os investidores de corporate ventures, que apostam no desenvolvimento de startups de grande potencial.
O desenvolvimento de ciência e de soluções tecnológicas é, na verdade, um investimento a longo prazo, onde é necessário um tempo de maturação para que haja retorno. Por isso as startups estão sempre em busca de investimentos constantes feitos através de corporate venture capital.
Empresa brasileira situada no Vale do Silício recebe investimento e hoje desenvolve soluções para longevidade
Mesmo com a pandemia, a expectativa de vida tem se estendido cada vez mais nas últimas décadas graças ao desenvolvimento da tecnologia, e hoje, a preocupação com a longevidade está entre os assuntos em destaque. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas acima dos 65 anos atualmente representa 9,52% e em duas décadas vai subir para 17,01%.
É por isso que conscientizar as pessoas e desenvolver soluções para o rejuvenescimento levou a mineira Carolina Oliveira, que já estava no Vale do Silício trabalhando com desenvolvimento de células tronco e produção de pele em laboratório, a decidir empreender essa ideia. Assim nasceu a One Skin.
A partir de uma nova molécula desenvolvida, o time da OneSkin produziu um composto para rejuvenescer a pele. "Temos a expertise de crescer pele humana em laboratório, então conseguimos mostrar a reversão do envelhecimento", explica Carolina.
Muito além de desacelerar as marcas que o tempo faz na pele humana, a OneSkin busca estender o tempo que as pessoas vivem com saúde através do desenvolvimento genético e prevenir as doenças associadas ao envelhecimento.
"Nosso objetivo é entender o processo do envelhecimento e identificar qual é a raiz do problema, onde podemos atuar de forma que a gente consiga reverter esse processo", explica a CEO.
O empresário brasileiro, CEO da holding 2Future - grupo empresarial que representa em três continentes as operações de um Family Office - Luís Felipe Neiva Silveira, afirma que o que o atraiu ao investir na OneSkin foi o seu capital humano, formado por PhDs, pessoas comprometidas e com o propósito de mudar o mundo.
“A OneSkin começou com pequenos passos, mas com grandiosos propósitos e já visualizamos que o caminho construído até o momento será o alicerce necessário para impactar a vida das pessoas. Neste segundo semestre de 2020, 3 anos após nosso primeiro investimento, a empresa lançará seu primeiro produto”, destaca Luís Felipe.
O novo produto desenvolvido pela startup é um cosmético para anti-aging produzido à base de um peptídeo - já patenteado - que tem como principal objetivo parar o envelhecimento e rejuvenescer a pele.
“O cosmético da OneSkin é focado em eliminar as células senescentes - aquelas que não se reproduzem mais - e verdadeiramente rejuvenescer a pele. Entretanto, isso é apenas o começo, pois a empresa já vem trabalhando em expandir seus estudos aos outros órgãos do corpo”, explica o investidor.
O desenvolvimento genético propriamente dito é o estudo de como os genes controlam o crescimento e o desenvolvimento de um organismo no seu ciclo de vida, e o impacto da sua evolução - em estudos genômicos - serão sem precedentes.
“Frequento a medicina integrativa e de longevidade há seis anos. Nela aprendi que algo que faz bem para mim, não necessariamente fará a você. Creio que a chamada medicina de precisão trará muitos frutos ao nosso bem-estar, ao sistema de saúde e por que não, à atividade econômica”, finaliza Luís Felipe.