A coordenadoria regional da Defesa Civil está monitorando a formação de um ciclone extratropical e os impactos que as rajadas de ventos e chuvas podem provocar na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC). As primeiras rajadas de ventos mais fortes aconteceram na tarde desta terça-feira, dia 30, e provocaram os primeiros estragos em pelo menos cinco municípios da região.
“Neste momento estamos em monitoramento, em uma reunião com o pessoal da Defesa Civil nacional e da Defesa Civil de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estamos acompanhando a transição deste ciclone. Temos um pouco de efeitos de ventos e chuva deste fenômeno. A entrada dos ventos na região carbonífera já causou alguns estragos em Nova Veneza, Siderópolis, Treviso, Orleans e Criciúma”, afirmou o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira.
Segundo o coordenador, a maioria das ocorrências foram quedas de árvore. “Em Treviso e Orleans e houve alguns destelhamentos e nos demais municípios, apenas danos na rede elétrica e unidades sem energia”, acrescentou.
Ventos chegaram em 120 quilômetros em Santa Catarina
De acordo com um relatório divulgado pela Defesa Civil na tarde desta terça-feira, as maiores rajadas de vento foram registradas no Morro da Igreja, em São Joaquim. Por lá, a intensidade dos ventos chegou a marca de 120 KM/h. Em Criciúma, de acordo com o climatologista Márcio Sônego, a velocidade máxima registrada pela estação meteorológica da Satc foi de 63 KM/h.
A previsão é de que rajadas ainda mais fortes possam passar pela região da AMREC até esta quarta-feira, dia 1º, podendo chegar a 100 KM/h. “São considerados ventos destrutíveis. Acima de 50 KM/h já pode causar algum dano”, disse Sônego.
Os maiores problemas registrados em Santa Catarina até o momento aconteceram na região Oeste do Estado. “Em Chapecó houve vento de 108 KM/h. Em Tangará, perto de Campos Novos, foi 111 KM/h”, acrescentou Sônego.