Nos casos mais leves de covid-19, a tosse pode levar até duas semanas para deseparecer, já nos casos mais severos, de três a seis semanas, segundo o infectologista Marcos Cyrillo, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
O sintoma é um dos primeiros a aparecer e um dos últimos a sumir na covid-19. Isso acontece, pois, as células do trato respiratório possuem muitos receptores a que o vírus consegue se ligar, explica o médico.
“Quando o vírus gruda na célula, ele causa uma inflamação ali, além disso, o corpo vai produzir uma série de substâncias para combater esse corpo estranho que também gera uma inflamação e, em consequência, a tosse.”
A tosse causada pela covid-19 pode ser tanto seca quanto com catarro. O médico explica que a inflamação gerada pelo vírus pode favorecer a proliferação de bactérias que já vivem normalmente no corpo, o que gera a produção de muco.
“Tosse com catarro amarelo é, normalmente, pneumonia bacteriana. Mas você pode ter uma infecção pelo coronavírus que tem tosse com muco, inicialmente branco e depois amarelo também.”
Segundo Cyrillo, a tosse pode persistir mesmo após a eliminação do vírus do corpo. “É como quando você pega gripe, passa uns 10 dias e você ainda está com tosse. Isso acontece porque a inflamação gerada pelo vírus pode continuar, mesmo depois que ele foi combatido.”
O médico orienta que, diante de uma tosse crônica, é necessário procurar orientação médica. Ele aponta que beber bastante água, fazer exercícios respiratórios, dormir e se alimentar bem e fazer atividades como caminhada pode ajudar na recuperação.
“São coisas que vão melhorar a expansão do pulmão e a tosse. A água, ajuda na fluidez do muco. Se ele está mais fluido, é mais fácil expelir e aí se tosse menos.”