Muito se fala em "Patient Centricity" ou "Paciente no foco das atenções", mas, até o momento, pouco foi efetivo nesse sentido.
A transformação digital nos trouxe a Indústria 4.0, também conhecida como a 4ª revolução industrial, que se baseia em um arsenal tecnológico utilizado em poucos segmentos. Depósitos totalmente automatizados, entregas por drones e conhecimento dos hábitos das pessoas são uma amostra dessa realidade. Mas porque este enorme potencial foi pouco utilizado no "Patient Centricity"? A resposta parece simples: é mais lento mudar a cultura humana do que criar novas tecnologias. Mas isto está prestes a mudar.
Por mais rápido que vacinas sejam criadas, ainda será necessário um bom tempo para que tudo se restabeleça. O modelo de curva estendida, adotada pela maioria dos países do mundo, alivia o sistema de saúde, dando mais condições de atendimento das pessoas e reduzem o risco de colapso, mas isto não reduz a quantidade de pessoas que será contaminada, vai apenas retardar o processo.
Aqui vale fazer um exercício de futuro, com tecnologias do presente como: Internet das Coisas, Edge IA/Analitycs, Knowledge Graph, BigData, Machine Learning e Inteligência Aumentada, entre outros.
Pacientes recém-desospitalizados e/ou em quarentena, poderiam ficar em casa com total monitoramento profissional remoto;
Convalescentes poderiam receber acompanhamento de fisioterapeutas também de forma remota.
Robôs poderiam monitorar grupos de risco por meio de "conversas um a um" para acompanhar em tempo real a evolução de um sintoma;
Tele consultas poderiam ser realizadas por médicos dos principais centros para um paciente localizado, praticamente, em qualquer local do país;
A produção das indústrias poderia ser efetivamente conduzida pelo consumo e não somente pelas previsões históricas;
Medicamentos poderiam ser entregues em função do estoque em cada residência e não pela "lembrança de compra do paciente";
O abastecimento dos pontos de vendas poderia ser feito de forma automática, antes mesmo da demanda ocorrer;
Prescrições eletrônicas garantiriam a exatidão na compra dos medicamentos;
Prontuários eletrônicos dariam melhores condições de diagnóstico aos profissionais da saúde;
Triagens de pronto atendimento seriam efetuadas de forma remota, reduzindo a exposição dos profissionais e do próprio paciente;
"Estas soluções existem e poderiam trazem inúmeras oportunidades para agregar valor aos pacientes e aumentar a produtividade e segurança nos processos, mas sem o enfoque e coordenação adequados poderiam desperdiçar grandes investimentos. E este leque de soluções aumenta muito quando incluímos os fatores de bem-estar, tão complementares ao processo da saúde" explica Natalino Barioni, head de P&D na Interplayers.