08/05/2020 às 18h53min - Atualizada em 10/05/2020 às 00h03min

Paixão pelo design que passa de mãe para filha

Empresárias Sofia e Laura Wadhy tem em comum o amor pela profissão e a dedicação aos negócios

DINO


Em 1986, três irmãs de áreas de atuação diferentes, administração, enfermagem e comunicação, decidiram mudar o rumo de suas vidas apostando nas flores. O desejo de trazer o consumo de flor para a vida cotidiana das pessoas e a carência de empresas do segmento no mercado fizeram com que Nelita, Sofia e Valéria Wadhy fossem buscar conhecimento e aprendizado sobre o setor em São Paulo e criassem a primeira floricultura de Ribeirão Preto.

Da loja de flores, a empresa começou a atuar no ramo de festas e partiu também para uma pequena indústria de vasos de terracota natural que funcionou até 2019. O Brasil foi crescendo, o mercado foi consumindo mais decoração, a empresa ampliou o mix de produtos e buscou outros nichos de negócio, surgindo assim a Casa de Família Móveis.

Negócio de mãe para filha
O laço familiar sempre foi muito forte e presente na história da empresa. Laura Wadhy, filha da Sofia, uma das sócias, acompanhou de perto a expansão do grupo e hoje está a frente da Casa de Família Móveis. "Eu tenho lembranças minhas na loja desde muito pequena. Sempre trabalhei lá nas férias de final de ano, fazia pacotes e ajudava no que precisava. Mas foi aos 29 anos que fui trabalhar de verdade no grupo. Tinha tido experiências em diversos ramos e após morar seis anos em São Paulo, achei que era hora de voltar", conta Laura.

Em 2014 quando a DonaFlor completou 30 anos, a loja mudou para um novo endereço e Laura ficou definitivamente a frente da Casa de Família colocando a empresa como uma das mais promissoras revendas Saccaro de Ribeirão e região. "Sempre foi um sonho tê-la por perto. Após experiências em outros setores, mas sempre ligados à "forma e função" acredito que ela se sentiu mais segura e optou por vir ficar conosco. Foi uma alegria, um sonho realizado. Tenho certeza que não é fácil trabalhar com mãe, somos de duas gerações com visões de mundo corporativo diferentes mas que se completam. E isto é que deu o frescor e modernidade ao grupo", explica Sofia.

Arquitetura por opção e por inspiração

Crescer em meio a flores, projetos de decoração e móveis e assistir a mãe trabalhar com arquitetos discutindo tendências de design, inspirou a escolha da profissão. "Minha mãe sempre foi muito respeitosa em relação às minhas escolhas. Me deixou à vontade para decidir, mas por sempre estar perto dela e dos negócios que ela conduzia, acabei me inspirando e optando pela arquitetura e acho que ela ficou bem feliz", avalia Laura.

Admiração no trabalho e na vida

A admiração pelos negócios da família, pela história que construíram, e o desejo de fazer com que tudo continue dando certo é o que mãe e filha têm mais em comum profissionalmente. "Acho minha mãe mais arrojada do que eu, mais segura para enfrentar momentos desafiadores como este que estamos vivendo agora. O que eu mais admiro nela profissionalmente é a dedicação que ela tem com o trabalho, o interesse por tudo que é belo, uma ausência de preguiça impressionante. Na vida pessoal o cuidado com a família e o desejo de ver todos bem", comenta a arquiteta.

Sofia explica que as duas tem em comum o bom gosto, a busca pelo novo e a prudência. "Nossas diferenças são poucas, afinal somos de gerações diferentes, mas com muita conversa e respeito ao que cada uma entende mais, resolvemos tudo. Eu admiro a tranquilidade dela, a sabedoria, a bondade e a responsabilidade. E o que mais importa nisto tudo é que eu a amo mais do que ela imagina", coclui a mãe e empresária Sofia Wadhy.

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