20/04/2020 às 20h38min - Atualizada em 20/04/2020 às 20h38min

OPINIÃO: Quem perdeu e quem ganhou com a pandemia

Por Evandro Rodrigues

Evandro Rodrigues - 87 News
O Governador da Santa e Bela Catarina não resistiu a pressão dos setores econômico e politico e acabou cedendo. Autorizou o funcionamento de restaurantes, lachonetes, academias, igrejas, enfim cedeu e aos poucos tudo deve voltar a normalidade nos próximos dias. Assim esperamos.

A decisão do Governador no primeiro momento pode aparentar despreparo para lidar com a situação, a qual ele mesmo provocou. Não obstante ter decretado Estado de Calamidade Pública na última sexta-feira, 17, acabou três dias após, promovendo a liberação de setores considerados mais preocupantes no enfrentamento do COVID-19.

Até aqui, a curva da pandemia se mostrou muito aquém do que fora projetado. As medidas de enfrentamento mostraram eficázes no combate ao COVID-19, tendo em vista que o índice de mortalidade no Estado de SC esteja bem abaixo das projeções. Mesmo assim não há como valorar uma vida perdida, pois cada uma das vítimas deixou um vazio enorme em seus entes queridos, mas infelizmente para o Estado, são apenas dados estatísticos. Então dizer que morreram poucos e que está tudo bem, seria no mínimo cruel para com as familias que foram afetadas.

Mas o ponto que devemos nos ater agora, é justamente a curva da pandemia. Carlos Moisés fez uma aposta no inicio da pandemia, apostou no isolamento, agora cedeu, com restrições mas cedeu. Porém, não há vencidos ou vencedores como alguns políticos festejam. 

Duas hipóteses podem ocorrer: Podemos ter uma explosão nos casos do COVID-19 em razão da circulação de pessoas e reabertura de todas as atividades e com isso Carlos Moisés vai se eximir da culpa, transferindo àqueles que encamparam bandeira contra o isolamento ou então podemos ver nossas vidas voltando a normalidade sem a tal explosão da pandemia e neste caso Carlos Moisés teria na sua conta, o inúmeros prejuízos causados a economia do Estado, por ter provocado todo esse recesso econômico.

Mesmo assim, nesta pseudo disputa política, independente do que ocorrer nos próximos meses, quem perdeu, sem sombras de dúvida, foram as familias dos catarinenses que sucumbiram a essa doença.

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