Santa Catarina tem 926 casos confirmados de coronavírus e 30 óbitos. Foram esses os dados atualizados pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, na noite desta quinta-feira, dia 16. O Estado também completa um mês de medidas de isolamento social. Na avaliação de Moisés, a quarentena tem gerado resultado positivo na desaceleração do número de mortes e casos de Covid-19 no território catarinense.
Esses mesmos dados também fizeram a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Defesa Civil de Santa Catarina mudarem a estratégia da construção de hospitais de campanha. A proposta inicial do Governo era montar 100 leitos de UTI em Itajaí, com dispensa de licitação, medida que foi modificada. O Estado cancelou o edital e lançou uma nova concorrência no modelo pregão para a contratação de empresas para a construção de dez hospitais de campanha, com 1 mil leitos.
“Um dos motivos (da mudança de planejamento) é que tínhamos uma extrema urgência para contratar o nosso primeiro hospital de campanha, porque não tínhamos uma expectativa de como a nossa curva de mortes e avanço do coronavírus iria reagir. Hoje colhemos o resultado do esforço feito em 30 dias com boas práticas de isolamento social. Saímos na frente e os gráficos mostram que não tivemos aceleração considerável do número de óbitos e casos confirmados para Covid-19. Isso nos dá um pouco mais de tempo para programar nossas ações”, explicou o governador.
O Estado também lançou um edital de chamamento público para o aluguel de 1 mil leitos de UTI de hospitais da rede privada. “Acreditamos que nesse primeiro momento a gente inclusive já consiga suprir os 100 leitos que seriam construídos no edital antigo do hospital de campanha”, analisou Moisés. Desde o início da pandemia, o Governo de Santa Catarina criou novos 281 leitos de UTI e bloqueou mais 100 leitos na rede hospitalar catarinense para atendimento aos casos de coronavírus.
“Então temos 381 novos leitos hoje e estamos ocupando apenas 62 com ventilação mecânica. Corresponde a 16,27% dos novos leitos disponíveis. Olhando esses números depois de 30 dias de esforço, nos dá condições de fazer a contratação dos hospitais de campanha por meio de uma licitação no formato de pregão e sem dispensa de licitação, tendo mais segurança jurídica”, reforçou. Os hospitais de campanha serão instalados de acordo com a demanda e os equipamentos comprados ficarão como patrimônio do Estado.