A manhã desta quarta-feira, dia 15, foi marcada por um protesto dos funcionários da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU). Isto porque eles pedem o retorno do transporte público em Criciúma que está parado há 28 dias por conta do decreto estabelecido pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, que suspende o serviço até o dia 30 de abril em razão do coronavírus.
Com cartazes, faixas e apitos, cerca de 100 trabalhadores participaram da manifestação que aconteceu no Terminal Central. “As empresas de ônibus já estão se manifestando sobre as demissões. Todos nós precisamos de trabalho, pois temos famílias, contas e precisamos trabalhar. O comércio está aberto, mas as pessoas não estão trabalhando porque não tem como pagar transporte por aplicativo todos os dias”, comenta o organizador da manifestação, Eder Alberto.
A insegurança dos trabalhadores
Com a frota de ônibus parada, os trabalhadores estão com medo que as demissões iniciem ainda nesta semana. André de Medeiros trabalha como motorista há 10 anos e observa que as empresas não estão recebendo. “É uma engrenagem que se uma peça não gira acaba afetando todas as outras. Estamos há quase um mês sem trabalhar, ninguém está faturando e fica difícil manter os empregos. Mas todos os profissionais possuem famílias, casas e contas para pagar. É muito difícil o que estamos passando”, conta.
Medeiros ainda sugere que 50% do efetivo trabalhe com o transporte público para conseguir atender a população e também os trabalhadores que necessitam do serviço. “O que adianta ter comércio aberto se as pessoas não vão comprar, os funcionários não podem trabalhar? O transporte público tem sua importância para a sociedade e precisamos que ele volte a funcionar o mais rápido possível”, finaliza. A Polícia Militar (PM) acompanhou o protesto dos trabalhadores que estavam todos com máscaras.