09/04/2020 às 11h13min - Atualizada em 09/04/2020 às 11h13min

​Prefeito de São João Batista recorre ao Fórum Parlamentar Catarinense para debater situação econômica do município

- 87 News
O quarto maior polo calçadista do país, São João Batista, já sofre com os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus. Se por um lado a Capital Catarinense do Calçado segue sem nenhum caso confirmado da doença, por outro já contabiliza mais de duas mil demissões desde o início das medidas de isolamento social adotadas pelo Governo do Estado. 

A grave situação, levou o prefeito Daniel Netto Cândido, recorrer ao Fórum Parlamentar Catarinense. O apelo, foi feito ao coordenador do grupo, Deputado Daniel Freitas em reunião remota realizada na noite desta quinta-feira (08), que irá debater a situação com os deputados federais e senadores que compõem o FPC.

Com os mercados nacional e internacional praticamente fechados, a projeção é que a crise se agrave ainda mais a curto prazo. O prejuízo inicial, segundo o Sindicato das Indústrias Calçadistas de São João Batista (Sincasjb), já somam R$ 339 milhões. Mesmo com as linhas de crédito e auxílios oferecidos pelo Governo Federal, as demissões foram inevitáveis, ocorrendo em algumas indústrias, demissões em massa.

Daniel Freitas informou que também irá solicitar medidas urgentes de apoio ao Ministério da Economia. “Estamos 100% à disposição para levar os pleitos do município para o Governo Federal. É inaceitável que, uma cidade sem nenhum caso da doença, tenha duas mil demissões. Vamos atuar dentro do que nos cabe, cobrando muito neste momento tão desafiador”, afirma.

“Os resultados da crise começaram a bater na porta. Como já foi falado inúmeras vezes, temos que agir com responsabilidade e inteligência tanto para conter a proliferação do vírus e não colapsar o sistema de saúde, como também para que a economia não afunde. As pessoas não podem deixar de trabalhar e colocar o pão de cada dia em suas mesas. A situação já está insustentável”, acrescenta o coordenador, comprometendo-se também em levar a questão para o presidente Jair Bolsonaro.

Para Daniel Netto Cândido, é necessário um olhar mais direto para o setor calçadista. “Nosso produto não é aquele essencial, que as pessoas vão priorizar consumir, por isso, a retomada vai ser ainda mais difícil. O município fez tudo o que estava ao seu alcance. Tem coisas, no entanto, que não dependem só de nós. Por isso fica aqui nosso apelo”, destacou o Prefeito salientando ainda, que a reabertura do comércio em Santa Catarina e em todo o Brasil é fundamental para que a indústria local volte a produzir. 

Também participaram do encontro virtual os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São João Batista, Anderson Marchi, e do Sindicato do Comércio Varejista do Vale do Rio Tijucas (Sincomvati), Wilmar Duarte Gomes. Segundo a prefeitura, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados – Sintrical, foi convidado, porém não participou e nem enviou representante. Já o Sindicato das Indústrias de Calçados – Sincasjb foi representado pela secretaria da entidade, Viviane Sardo. Um documento será encaminhado ao deputado oficializando as principais demandas da cidade.


 

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