07/04/2020 às 17h00min - Atualizada em 08/04/2020 às 00h09min

Comunicador brasileiro é observador, facilitador e orientador, revela pesquisa

Pesquisa “Talento Brasileiro da Comunicação” teve seus dados revelados na tarde desta terça-feira, 7 de abril, Dia do Jornalista. Estudo traça o perfil comportamental do comunicador do país

DINO
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uma pessoa obserbadora - pesquisa


Observador, facilitador e orientador. Essas são as características mais comuns entre comunicadores atuantes no país. É o que aponta a pesquisa “Talento Brasileiro da Comunicação”. Realizado pelo Grupo Comunique-se e pela ETALENT, o levantamento se propôs a traçar o perfil comportamental de quem atua no setor, tendo como base a metodologia DISC. Os dados do estudo, que contou com 1.846 respostas, foram revelados na tarde desta terça-feira, 7, Dia do Jornalista.

Os destaques da pesquisa foram divulgados em primeira mão para quem assistiu ao webinar realizado por Rodrigo Azevedo (CEO do Grupo Comunique-se) e Jorge Matos (CEO da ETALENT). Juntos, os dois empreendedores apresentaram dados e explicaram como funciona o DISC, metodologia que consiste em organizar o comportamento de um profissional em quatro blocos: dominante, influente, estável e conforme.

Nesse sentido, influente é o fator comportamental que predomina entre comunicadores brasileiros. Quase metade (43,16%) está inserida nessa classificação que, entre outros pontos, conta com características como persuasão, relacionamentos, popularidade & reconhecimentos e a busca por aprovação & apoio. De acordo com a pesquisa “Talento Brasileiro da Comunicação”, os influentes são seguidos pelos estáveis (25,42%), conformes (20,03%) e dominantes (11,39%).

DISC & Cubo de Competências

CEO e fundador do Grupo Comunique-se, Rodrigo Azevedo fez a lição de casa. Ele foi um dos respondentes da pesquisa. E ficou surpreendido com os resultados a partir da metodologia DISC. “A sensação que dá é que dá é que tem um ‘espião’ vendo e passando os resultados para quem for montar o relatório, pois traça o seu perfil exato”, comenta. “É muito interessante e instigante”, prossegue o gestor. ​“É tão preciso que parece macumba!”, brincou Alice Lino, comunicadora que acompanhou o webinar.

“A pesquisa traz a experiência de autoconhecimento e reflexão”, disse Jorge Matos durante o webinar. Ele destacou, ainda, que o levantamento pode ajudar o comunicador a ter contato com o seu “Cubo de Conhecimentos”. Trata-se de premissa que leva em consideração os comportamentos, os conhecimentos e as habilidades de um indivíduo. Entrelaçados e bem trabalhados, eles culminam em atitudes de alta performance, que geram resultados. “É a evolução do CHA”, diz o CEO da ETALENT sobre a premissa que leva em consideração comportamentos, habilidades e ações.

Pontos fortes

A pesquisa foi além de meramente organizar os resultados entre os quatro eixos da metodologia DISC. Transformou o quadrante em características que se sobressaem entre os profissionais de comunicação do Brasil. O levantamento mostra, assim, o “Mapa de Talentos da Comunicação”. Orientador e facilitador ocupam espaço no pódio, com 6,28% e 9,91% das respostas, respectivamente. O principal talento, contudo, foi observador -- que predomina em 10,29% dos entrevistados.

Durante o webinar de apresentação da pesquisa, foi elencado o que transforma observador em um talento para os comunicadores:

- Preza pelo seu status quo;

- Precisa de muitas informações para direcionar o curso certo da ação;

- Busca no passado a compreensão para o presente;

- São bons parceiros, pois entendem as pessoas;

- Precisam de tempo para se orientar e para fazer as perguntas certas que lhes darão uma visão linear das situações.

Ponto fraco

Visionário, por outro lado, é o talento menos presente entre os profissionais de comunicação do país. Ela só consta em 0,36% da classe -- quando considerada a base de respondentes da pesquisa. “Capaz de fazer a leitura das perspectivas de futuro e que não se deixa contaminar por visões pragmáticas desiludidas que permeiam situações presentes. Vislumbra possibilidades de forma lógica e factível, valendo-se de seu conhecimento sempre renovado com novas nuances, nas quais se inspira”, definem os organizadores do estudo sobre tal característica que pode ser atrelada ao empreendedorismo e ao que é definido como “super humano”. Apenas 0,16% apresentam esse perfil.

Mais dados

O levantamento traz, ainda, informações sobre:

1- Distribuição geográfica;

2- Áreas de atuação;

3- Situação ocupacional;

4- Faixa salarial;

5- Faixa etária;

6- Escolaridade;

7- Divisão de gêneros.

A íntegra da pesquisa “Talento Brasileiro da Comunicação” está disponível na internet. Para baixá-la, basta clicar aqui.



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