As pessoas com baixos níveis de vitamina D têm um risco mais elevado de desenvolver infecções agudas das vias respiratórias, incluindo a COVID-19, afirma um estudo de professores universitários irlandeses, publicado no Irish Medical Journal.
Por essa razão, a toma de um suplemento de vitamina D, em dose de 20-50 microgramas por dia, é, na opinião dos autores do estudo, uma medida a curto prazo para enfrentar o risco de contaminação por COVID-19 durante os próximos três a seis meses.
Os especialistas estimam que, embora a relação causal entre a deficiência de vitamina D e o risco de contrair a COVID-19 ainda não tenha sido estabelecida, um outro estudo realizado em setembro de 2019 em um universo de 21.000 pessoas mostrou que a falta dessa vitamina aumenta em 64% o risco de contrair uma infecção respiratória.
"Os nossos resultados exigem a toma imediata de um suplemento de vitamina D para todos os pacientes internados, residentes em asilos e idosos na Irlanda", afirmou Declan Byrne, coautor do estudo.
Byrne defende igualmente que a prescrição de um suplemento de vitamina D à população adulta, sobretudo aos agentes de saúde, poderia ajudar a limitar a contaminação e a achatar a curva da COVID-19.
O estudo indica ainda que a vitamina D se mostrou "capaz de inibir o CD26, um receptor na superfície celular que se pensa facilitar a entrada do vírus SARS-CoV-2 na célula hospedeira".
Vitamina solar
A vitamina D é por vezes chamada de "vitamina solar", porque a quantidade de vitamina D no corpo depende da exposição ao Sol, pois é sintetizada pela incidência de raios solares UVB sobre a pele.
Os raios solares contribuem para a formação de até 80% de vitamina D em nosso organismo, fornecendo a alimentação apenas 20%.