Em criminologia existe um termo conhecido como CIFRA NEGRA, tal instituto representa os crimes existentes, mas desconhecidos pela sociedade e justiça. Em recente entrevista veiculada pelo Ministério da Saúde, o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, alegou que tanto o Brasil quanto o mundo trabalham com números que representam exclusivamente 14% da realidade.
Internacionalmente, no fim de março, o número de casos se aproximava de 600 mil e o número de fatais já passava dos 24 mil. Partindo do pressuposto que para cada 100 infectados somente 14 fazem parte dessa estatística, o mundo teria a seguinte realidade: 4 milhões de infectados e 170 mil mortos a nível internacional.
Em terra tupiniquim denota-se a seguinte realidade: seriam 22 mil infectados e 550 mortos. Isso sem contar a questão da transmissão comunitária, onde, segundo a OMS, cada infectado pode infectar até 5 pessoas e, cada uma dessas 5 pessoas mais 5 pessoas e a progressão da peste seria ainda mais devastadora.
Com a realidade já espera-se, segundo dados do Ministério da Saúde, o crash no sistema de saúde durante o mês de abril e para tanto surgirá a escolha de Sofia, que é aquela onde o médico ou profissional da saúde precisa decidir quem será tratado.
Na Itália a Sociedade Italiana de Anestesia, Analgesia, Cuidados Intensivos e Cuidados Intensivos emitiu nota alegando que a “maior expectativa de vida é privilegiada” na escolha do paciente da COVID-19 relegando milhares à possibilidade de sobrevivência.
Dr. Homaile Mascarin do Vale, pesquisador de direito médico da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto avalia: “a responsabilidade do médico e do sistema está aquém do possível a oferecer, significa que tem-se o dinheiro para tratar, o tratamento, o médico e o hospital, mas não tem a acomodação e o espaço para que o paciente seja tratado”. Quem responsabilizar?