O número de mortes provocadas por um novo vírus descoberto na China subiu para 17 nesta quarta-feira, aumentando as preocupações pelo mundo sobre o contágio de uma infecção suspeita de ter começado a partir de animais.
A cepa anteriormente desconhecida do coronavírus surgiu na cidade central de Wuhan e já foi detectada até nos Estados Unidos. As autoridades de saúde da China acreditam que a origem seja um mercado que vende frutos do mar de forma irregular.
O mais recente número de mortos na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital, subiu para 17 por volta das 9h da manhã (horário de Brasília), informou a televisão estatal, citando o governo da província.
Horas antes, autoridades tinham colocado o número de mortes em 9, todas em Wuhan, e mais 470 casos confirmados na China. Segundo os novos dados, os casos confirmados na China passaram posteriormente para 544.
Ao contrário do segredo adotado em 2002-2003 sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que matou quase 800 pessoas, a China desta vez está fornecendo atualizações regulares sobre os casos para tentar minimizar o pânico, à medida que milhões de pessoas viajam pelo país e para o exterior por ocasião do feriado do Ano Novo Lunar.
“O aumento na mobilidade da população aumentou objetivamente o risco de propagação epidêmica”, disse o vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou uma reunião de emergência para decidir se o surto representa uma emergência de saúde global.
Após apelos de autoridades por calma, muitos chineses estavam cancelando viagens, comprando máscaras, evitando locais de aglomeração pública, como cinemas e shopping centers, e até recorrendo a um jogo de simulação online sobre a disseminação de um vírus para lidar com a situação.