O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado hoje (21) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde, revela que 11 municípios (12%) infestados pelo mosquito apresentam alto risco de transmissão de dengue, zika e febre de chikungunya. Os dados do LIRAa também mostram que 39 municípios (42,4%) apresentam médio risco e 44 (45,7%) apresentam baixo risco de transmissão das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Conforme definido na Estratégia Operacional do Estado de Santa Catarina, os municípios considerados infestados pelo mosquito devem realizar o LIRAa duas vezes ao ano. Ao todo, 92 municípios realizaram o levantamento. Florianópolis e Jaraguá do Sul são considerados infestados, mas ainda não encaminharam os resultados da atividade.
LIRAa
O levantamento inspecionou 78.785 recipientes que continham água parada, ou seja, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. A maioria era de recipientes móveis, como baldes e vasos de planta (36,9%). Em segundo lugar, estão o lixo e a sucata (32,8%). “Esses dados revelam o quanto todos temos que estar atentos ao ambiente. É preciso manter os quintais limpos e descartar corretamente o lixo. Apesar desses recipientes serem os mais comuns, não podemos esquecer também de manter a caixa d’água fechada e as calhas limpas”, alerta João Fuck gerente de zoonoses da DIVE/SC.
O objetivo do LIRAa é a identificação do tipo e a quantidade de depósitos encontrados que possam ser potenciais criadouros do mosquito nos imóveis vistoriados. A atividade foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MS) em 2002, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. O levantamento é realizado por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
No LIRAa do mesmo período do ano passado, três municípios da região Oeste apresentavam alto risco para transmissão das doenças. Outros 28 municípios apresentavam médio risco e 43, baixo risco. Os novos dados demonstram um aumento nos municípios classificados com alto e médio risco. Em novembro de 2018 foram 44% dos municípios nessa condição, enquanto nesse ano o percentual subiu para 54,3%.
Conforme definido na Estratégia Operacional do estado de Santa Catarina, os municípios infestados devem realizar a atividade duas vezes ao ano, nos meses de março e novembro.