O encontro realizado pela Secretaria de Assistência Social e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) teve como palestrantes a Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Içara, Maria da Graça Pavei, Advogada Edna Benedet e a policial civil, Ludmila Oliveira Daufenbach. O evento também contou com a presença da vice-prefeita, Cirlene Gonçalves Scarpato, equipes do CRAS, Saúde, Centro Dia do Idoso e alunos da Apae.
Impactante e real, a palestra chocou os participantes com a demonstração de vídeos de agressão, relatos de mulheres do campo, falas da Central da Polícia quando alguém liga pedindo ajuda, orientações, direitos e alertas. Tudo para conscientizar sobre a importância da denúncia e mostrar que as mulheres estão protegidas, basta ter coragem para denunciar.
“Nós buscamos trabalhar com este público para quebrar tabus e os pensamentos das pessoas que acham que esse tipo de violência é cultural. A violência nunca é normal. Antigamente era muito comum a gente ouvir de mães idosas que apanhavam do marido, eram agredidas, desrespeitadas e achavam isso normal, pois não tinham como se defender ou para onde ir. Hoje ouvimos muitos relatos de exemplos como esses, e isso também acaba sendo passado para os filhos, de certa forma. Mas essa situação não é normal e hoje temos inúmeras maneiras de combater a violência contra a mulher”, declara a assistente Social, Patrícia De Lucca.
Conforme a secretária de Assistência Social, Angela Mendes Anjo Santa Catarina, de acordo com os dados apresentados, é o quinto Estado mais violento contra a mulher do país. “A denúncia é a principal atitude que a mulher precisa ter diante de uma situação de violência. Outro fator importante são as pessoas próximas que tem a preocupação de não se envolver. Quando se depararem com esta covardia, denunciem. Existem várias formas de fazer isso, e o processo é sigiloso”, afirma.
Local de proteção
Outra forma de amparo no município, seguro e de fácil acesso é por meio do Creas. Um local onde as mulheres se sentirão protegidas, com orientações e acompanhamento da pessoa que foi agredida e da sua família, de forma sigilosa.
“Nosso trabalho é de amparo, orientação e encaminhamentos. Hoje os números de agressões e violência contra a mulher são pequenos em Cocal, mas sabemos que essa não é a realidade. As mulheres escondem, sofrem. As crianças que assistem a violência contra a mãe também acabam transferindo essa violência, onde os professores podem identificar e fazer a denúncia. Além disso, o Creas encaminha a medida protetiva por meio da Delegacia e o agressor é afastado”, explica.
O contato com o Creas pode ser feito por meio do telefone (48) 3444-6034, ou direto no local, na sede localizada no bairro Jardim Itália, ao lado do Centro Dia do Idoso e fundos com o ESF do bairro. A denúncia pode ser feita também pelo disk 100 e 180.
Números de Cocal do Sul (violência contra a mulher): Novembro de 2018 a Novembro de 2019
Ameaça: 26
Calúnia: 3
Dano: 4
Difamação: 6
Injúria: 4
Lesão corporal: 11
Total: 54