Uma menina de 1 ano e 10 meses que morreu em decorrência do sarampo na cidade de Limeira, no interior de São Paulo, tinha tomado as duas doses da vacina contra a doença, preconizada pelo Ministério da Saúde, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Limeira.
A morte da menina ocorreu no dia 26 de agosto, mas a causa só foi confirmada ontem, quarta-feira (6) pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. O atestado de óbito trazia morte por broncopneumonia.
O secretário de Saúde, Vitor Santos, afirmou, por meio de nota, se tratar de um um caso atípico. O pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ressalta que o caso é uma exceção.
"A proteção com duas doses de vacina é de 98%, mas, mesmo com essas duas doses, a doença pode se manifestar, geralmente de forma mais leve", explica.
Ele afirma que quando a doença se manifesta, a morte ocorre por complicações respiratórias. "Uma predisposição à bronquite e asma pode desencadear esse processo. É preciso que essa morte seja investigada para verificar se havia alguma comorbidade", diz.
Segundo ele, é possível se prevenir contra o sarampo, primeiramente confiando na vacina, e, além disso, em época de surto como a atual, evitar lugares fechados e aglomerados com crianças. "Lavar as mãos com frequência e manter uma alimentação saudável també são recomendados", afirma.
Esta é a primeira morte pela doença registrada no interior do Estado. As crianças são as maiores vítimas do sarampo, de acordo com o Ministério da Saúde. As doses devem ser ministradas aos 12 e 15 meses. Devido ao atual surto da doença, também está sendo aplicada a chamada dose zero, entre os 6 e 11 meses de vida.