01/11/2019 às 10h36min - Atualizada em 01/11/2019 às 10h36min

Médicos não recebem primeiro vencimento da dívida com o Hospital São Marcos

Administração do hospital promete que valor será pago até o fim da manhã

- 87 News
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Não foi paga em dia a primeira parcela da dívida do Hospital São Marcos, de Nova Veneza, com os quatro médicos de internação clínica. Os profissionais foram dispensados pelo hospital e firmaram um acordo para receber os quatro meses que atrasaram em quatro vezes. 

O primeiro vencimento da dívida foi no dia 25 de outubro e até agora os médicos não receberam. "Infelizmente essa é a notícia. Como é sabido por todos, fizemos um acordo com a direção do Imas e foi feito um parcelamento com o que nos deviam. Infelizmente essa parcela não foi paga e o acordo não cumprido", afirmou o doutor Marcelo Comim, ex-diretor clínico do Hospital São Marcos.

De acordo com o médico, não foi dada nenhuma justificativa oficial pelo não cumprimento do prazo estabelecido. "O canal de comunicação é muito ruim. Como existe o contrato, vamos acionar judicialmente, porque não tem outra forma de cobrar. Infelizmente, um mau pagador faz a gente ter que tomar essa medida mais drástica. Ninguém quer fazer isso, mas pelas vias normais parece que não vai acontecer nada", destacou.

Ainda segundo Marcelo, um funcionário do Imas teria dito que não houve o repasse de verbas por parte do governo do Estado, por isso não foi feito o pagamento da parcela. O Imas estaria, inclusive, analisando a hipótese de fazer um empréstimo para pagar os ex-funcionários. "Não tenho contato com o governo, mas uma empresa que administra tem que se preparar pra essa situação", analisa o médico.

Ricardo Ghelere, presidente do Imas, instituto que administra o hospital, confirmou que não havia sido feito o repasse por parte do governo do Estado, o que foi regularizado nesta quarta-feira. Por isso, a primeira parcela da dívida será depositada até o fim da manhã desta sexta-feira, 1.

"Atrasou seis dias o parcelamento e vai ser pago agora pela manhã. Aconteceu esse atraso no primeiro mês, mas não há motivo para alarde. O repasse foi feito pelo governo na quarta-feira, por isso está sendo resolvido agora", comentou Ghelere.

A situação financeira no hospital, na avaliação de Ghelere, não é das piores e as verbas de emendas parlamentares que chegarão em novembro permitirão fechar as contas de 2019 em dia, inclusive com o pagamento de três das quatro parcelas da dívida com os quatro médicos dispensados: a de outubro, novembro e dezembro. A quarta e última parcela deverá ser quitada em janeiro do ano que vem.


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